Europa retoma toques de recolher e lockdowns para conter nova onda de coronavírus

Publicado em 14/10/2020 19:13

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PARIS/PRAGA (Reuters) - A França impôs um toque de recolher enquanto outros países europeus estão fechando escolas, cancelando cirurgias e alistando estudantes de medicina, à medida que as autoridades do continente enfrentam o pesadelo de uma nova onda de Covid-19 com a chegada do inverno. 

Com uma média diária de novos casos girando em torno de 100 mil, a Europa ultrapassou por uma ampla margem os Estados Unidos, onde mais de 51 mil novas infecções por Covid-19 são reportadas em média todos os dias. 

Diante da disparada de casos na França, o presidente Emmanuel Macron anunciou a imposição de toque de recolher noturno por quatro semanas a partir do próximo sábado em Paris e em outras grandes cidades, afetando quase um terço da população do país de 67 milhões de pessoas. 

"Precisamos reagir", disse Macron em entrevista televisiva, afirmando que a França ainda não havia perdido o controle do vírus, mas acrescentando: "Estamos em situação preocupante". 

A maioria dos governos europeus aliviou as quarentenas durante o verão para restabelecer suas economias, que foram prejudicadas pela primeira onda da pandemia do coronavírus. 

Mas o retorno às atividades normais --desde restaurantes lotados a semestres de aulas em universidades-- alimentou um surto agudo de novos casos em todo o continente. 

Bares e restaurantes foram os primeiros a serem fechados ou enfrentarem horários reduzidos de acordo com as novas medidas de lockdown, mas a escalada dos números de infecções também está testando as resoluções dos governos para manter o funcionamento das escolas e dos cuidados médicos não relacionados ao coronavírus. 

Até o papa Francisco foi submetido às novas regras do coronavírus, se mantendo distante de fiéis que acompanharam sua audiência semanal nesta quarta-feira. 

Em Lisboa, torcedores não ficaram surpresos após o capitão da seleção portuguesa de futebol, Cristiano Ronaldo, testar positivo para o vírus, dizendo que isso apenas mostra que todos passam por risco de infecção -- e atletas famosos não são uma exceção. 

A República Tcheca, que tem a pior taxa per capita de casos no continente, decretou que as escolhas devem funcionar apenas com o ensino à distância e agora avalia convocar milhares de estudantes de medicina. Hospitais também estão cancelando os procedimentos médicos eletivos para liberar mais leitos para o tratamento de pacientes da Covid. 

"Às vezes estamos à beira das lágrimas", disse Lenka Krejcova, enfermeira-chefe do hospital Slany, próximo a Praga, enquanto construtores trabalham com pressa para transformar a seção de atendimentos gerais em um departamento para o tratamento do vírus. 

A Polônia está intensificando o treinamento para enfermeiras e avalia a criação de hospitais militares de campanha. Moscou deve mandar mais alunos para o ensino online, e a Irlanda do Norte está fechando as escolas pelas próximas duas semanas e os restaurantes pelas próximas quatro.

Brasil registra 749 novas mortes por Covid-19 e total vai a 151.747 

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SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil registrou nesta terça-feira 749 novos óbitos em decorrência da Covid-19, o que eleva o total de mortes pela doença no país a 151.747, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

Também foram notificados 27.235 novos casos da doença provocada pelo coronavírus, com o total de infecções confirmadas no país atingindo 5.140.863.

As contagens diárias no Brasil voltam a um patamar mais elevado após três dias com dados abaixo da média, já que, além de domingo e segunda, quando os números tendem a ser mais baixos em função de um represamento de testes nos finais de semana, também houve feriado nacional na segunda, o que impactou, consequentemente, nos dados de terça-feira.

O Brasil é o segundo país com maior número de mortes por coronavírus no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, e o terceiro em casos, abaixo dos EUA e da Índia.

Estado brasileiro mais afetado pela Covid-19, São Paulo chegou às marcas de 1.045.060 casos e 37.541 mortes, mas autoridades locais reafirmaram que o Estado permanece com tendência de queda nos números da pandemia.

"Mantivemos (na semana passada) melhora nos índices da saúde comparando-se às quatros últimas semanas epidemiológicas", disse o secretário de Saúde paulista, Jean Gorinchteyn, em entrevista coletiva nesta quarta-feira.

"Nós estamos com a pandemia controlada no nosso Estado", acrescentou Gorynchtein, afirmando que na última semana houve quedas de 23% no número de casos, 20% no número de óbitos e 4% no número de hospitalizações.

De acordo com os dados do ministério, o segundo Estado com maior número de óbitos causados pela Covid-19 é o Rio de Janeiro, que registrou até este momento 19.440 mortes, com 285.205 casos.

Na contagem de infecções confirmadas, porém, o Rio fica abaixo da Bahia e de Minas Gerais -- o Estado nordestino soma 329.787 casos e 7.214 mortes, enquanto Minas registrou 325.972 infecções e 8.171 óbitos.

Além desses, Ceará, Pará, Goiás, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Distrito Federal já notificaram mais de 200 mil casos de Covid-19.

O Brasil possui 4.568.813 pessoas recuperadas da doença e 420.303 pacientes em acompanhamento, segundo o ministério.

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Fonte:
Reuters

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