Perspectivas de novo pacote de auxílio nos EUA seguem incertas após Trump atacar democratas

Publicado em 22/10/2020 08:33 e atualizado em 22/10/2020 10:19

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As negociações sobre um novo projeto de lei de auxílio à crise do coronavírus nos Estados Unidos sofreram um revés na quarta-feira, quando o presidente Donald Trump acusou os democratas de não estarem dispostos a fazer um acordo aceitável, apesar de relatos de algum progresso no início do dia.

Trump, que tem pedido mais estímulo conforme segue atrás de seu rival democrata nas pesquisas eleitorais, criticou a presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, no Twitter após ela ter defendido uma proposta de cerca de 2 trilhões de dólares junto ao secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.

Não estava claro se as negociações iriam continuar ou ficar em suspenso até depois das eleições presidenciais e parlamentares de 3 de novembro.

O tuíte de Trump veio em meio a grande oposição entre os republicanos do Senado a um projeto de estímulo abrangente ao coronavírus que ajudaria os americanos e as empresas afetadas pela pandemia. Alguns conservadores temem que gastos elevados adicionais do governo possam prejudicar suas perspectivas eleitorais em novembro, ao aumentar os déficits orçamentários em rápido crescimento.

Trump disse não acreditar que os democratas estarão "dispostos a fazer o que é certo por nossos grandes trabalhadores americanos nem para nossos maravilhosos Estados Unidos no estímulo".

A acusação de Trump veio logo depois que o vice-chefe de gabinete de Pelosi, Drew Hammill, disse no Twitter que Pelosi e Mnuchin haviam conversado por 48 minutos e sua conversa "nos deixa mais perto de sermos capazes de colocar a caneta no papel para redigir legislação".

Pelosi disse antes que uma provisão fundamental buscada pelos democratas, dinheiro para ajudar os governos estaduais e locais que lutam com a pandemia, ainda não foi resolvida.

Ao mesmo tempo, os republicanos no Congresso questionaram se Pelosi realmente queria chegar a um acordo antes da eleição ou preferia esperar até depois de 3 de novembro, quando os democratas podem ter condições de dar as cartas se ganharem a presidência e mais cadeiras no Congresso.

No início do dia, Pelosi disse à MSNBC que ela queria que o projeto fosse aprovado antes de 3 de novembro, embora seu colega republicano, o líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, não tenha sido um defensor entusiasta.

"Quero que as pessoas saibam, a ajuda está a caminho", disse ela.

Último debate pode ser cartada final para Trump alterar corrida presidencial

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(Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, terá uma última chance de pleitear sua reeleição diante de uma audiência enorme de norte-americanos quando confrontar o rival democrata Joe Biden nesta quinta-feira no debate final entre os dois antes da eleição de 3 de novembro.

O encontro televisionado acontece no momento em que Trump precisa urgentemente alterar a trajetória da corrida. Biden tem uma vantagem considerável nas pesquisas nacionais a menos de duas semanas da votação, embora a disputa esteja muito mais acirrada em alguns Estados-chave.

Pesquisas de opinião mostram que há relativamente poucos eleitores indecisos. O número recorde de 42 milhões de norte-americanos já votou antes do debate em Nashville, no Tennessee, o que significa que a oportunidade de Trump influenciar o resultado da corrida pode estar passando.

O primeiro e agressivo debate entre Biden e Trump foi assistido por ao menos 73 milhões de telespectadores. Trump recusou um segundo debate quando este foi alterado para um formato virtual após seu diagnóstico de Covid-19.

A doença manteve o republicano longe dos eventos de campanha durante mais de uma semana, e ele vem tentando recuperar terreno furiosamente desde então, às vezes realizando dois comícios em um dia.

Seu itinerário de viagem vem se concentrando em Estados como Arizona, Flórida, Carolina do Norte e Pensilvânia, onde sondagens apontam que a disputa está mais apertada e onde vencer poderia lhe conceder uma vitória no Colégio Eleitoral.

A pesquisa Reuters/Ipsos mais recente mostra Biden com 9 pontos de dianteira nacionalmente, menos do que os 12 pontos da primeira semana de outubro, mas com uma vantagem considerável nos competitivos Michigan e Wisconsin.

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Fonte:
Reuters

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