Farmacêutica brasileira fecha acordo para produzir vacina russa Sputnik V contra Covid-19

BRASÍLIA (Reuters) - A farmacêutica União Química informou nesta sexta-feira que assinou acordo com o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) para produzir a vacina russa Sputnik V contra a Covid-19 a partir da segunda quinzena de novembro.
A empresa disse que firmou um acordo de confidencialidade que a impede de fornecer quaisquer detalhes técnicos ou científicos. O laboratório ainda precisa obter aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a produção.
O acordo assinado pela União Química é o segundo para produção da vacina russa no Brasil, onde outras quatro vacinas contra a Covid-19 já estão sendo testadas.
A vacina russa está sendo desenvolvida pelo Instituto de Pesquisa Gamaleya, de Moscou, e comercializada pelo RDIF, que no mês passado fechou um acordo com o governo do Paraná para testar e produzir a vacina no Brasil.
O governo da Bahia também assinou um acordo para conduzir testes clínicos de Fase III da vacina Sputnik V e planeja comprar 50 milhões de doses.
Não está claro, entretanto, quando esses testes podem começar.
Uma porta-voz da Anvisa disse que os governos do Paraná e da Bahia ainda não entraram com pedidos de aprovação para seus planos de testar a vacina russa, muito menos produzi-la.
O secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, disse à Reuters que o fundo soberano russo e o Instituto Gamaleya estão negociando diretamente com a Anvisa em relação aos dados de testes anteriores.
Com mais de 5,3 milhões de casos de coronavírus confirmados, o Brasil tem o terceiro pior surto do mundo, depois dos Estados Unidos e da Índia, o que fez do país um campo de testes na corrida para encontrar uma vacina.
Testes de estágio final estão em andamento para vacinas em desenvolvimento pela Universidade de Oxford/AstraZeneca <AZN.L>; Sinovac Biotech <SVA.O>; Pfizer <PFE.N> em parceria com BioNTech <22UAy.F>; e a subsidiária farmacêutica da Johnson & Johnson, Janssen.
Lewandowski leva ao plenário do STF ações sobre vacinação contra Covid-19 e pede manifestação de Bolsonaro

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta sexta-feira remeter diretamente para o plenário da corte três ações movidas por partidos que discutem questões relativas à vacinação contra Covid-19, e pediu manifestação do presidente Jair Bolsonaro sobre a questão.
Em uma das ações, o PDT solicitou que o STF garanta a competência de Estados e municípios de promover a vacinação obrigatória contra Covid-19, no momento em que Bolsonaro tem dito publicamente que a imunização não será obrigatória no país.
Outra ação, movida pela Rede Sustentabilidade, provocou o Supremo para obrigar o governo federal a assinar protocolo de intenções para comprar 46 milhões de doses previstas da vacina para Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, que está sendo produzida no Brasil pelo Instituto Butantan.
Há ainda uma ação do PTB, partido aliado de Bolsonaro no Congresso, que quer vetar a vacinação obrigatória.
Ao decidir por um rito abreviado na tramitação das ações, Lewandowski prescinde de decidir sozinho e leva a questão para apreciação no plenário do STF.
Nos três processos, Lewandowski pediu manifestação de Bolsonaro, da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Procuradoria-Geral da República (PGR) para instruir o futuro julgamento dos casos em plenário.
Brasil registra 571 novos óbitos por Covid-19; total vai a 156.471 e 4.797.872 pessoas recuperadas

SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil registrou nesta sexta-feira 571 novos óbitos em decorrência da Covid-19, o que eleva o total de mortes pela doença no país a 156.471, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
Também foram notificados 30.026 novos casos da doença provocada pelo coronavírus, com o total de infecções confirmadas no país atingindo 5.353.656.
O Brasil é o segundo país com maior número de mortes por coronavírus no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, e o terceiro em casos, abaixo dos EUA e da Índia.
Apesar disso, nas últimas semanas a pandemia tem desacelerado no país em relação ao pico atingido no final de julho, quando eram registrados por dia, em média, mais de 50 mil casos novos e mais de 1 mil óbitos.
Estado brasileiro mais afetado pela Covid-19, São Paulo chegou nesta sexta às marcas de 1.083.641 casos e 38.608 mortes, mas autoridades locais voltaram a destacar nesta sexta a tendência de queda nos dados da doença.
"Estamos na 43ª semana epidemiológica. Felizmente, continuamos em queda nos índices da saúde, com diminuição no número de casos, de óbitos e de internações por 11 semanas", disse o secretário de Saúde paulista, Jean Gorinchteyn, em entrevista coletiva.
"Estamos na menor e na melhor taxa de ocupação nas Unidades de Terapia Intensiva, com 39,9%, o que significa o controle da pandemia, o que significa nós estarmos testando mais e, de forma muito mais precoce, impedindo as pessoas de adoecerem e evoluírem de forma grave", acrescentou.
O segundo Estado com maior número de óbitos causados pela Covid-19, de acordo com os dados do ministério, é o Rio de Janeiro, que registrou até este momento 20.115 mortes, com 296.797 casos.
Na contagem de infecções confirmadas, porém, o Rio fica abaixo de Minas Gerais e da Bahia -- Minas soma 345.188 casos e 8.686 mortes, enquanto o Estado nordestino registrou 342.526 infecções e 7.432 óbitos.
Além desses, Ceará, Goiás, Pará, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Paraná já notificaram mais de 200 mil casos de Covid-19.
O Brasil possui 4.797.872 pessoas recuperadas da doença e 399.313 pacientes em acompanhamento, segundo o ministério. A taxa de letalidade da doença no país é de 2,9%.
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