Guedes agradece aprovação de autonomia do BC no Senado

Publicado em 04/11/2020 19:11

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, celebrou a aprovação do projeto de autonomia do Banco Central pelo Senado e afirmou que conta com apoio da Câmara dos Deputados para aprovação da proposta. O texto foi aprovado pelos senadores na noite desta terça-feira, 4, com 56 votos favoráveis e 12 contrários.

"Agradeço ao Congresso, o Senado ontem, particularmente, aprovou a autonomia, contamos com apoio da Câmara, que deve aprovar também. E o Brasil dá um salto enorme do ponto de vista institucional. É o avanço institucional, as instituições brasileiros se aperfeiçoando, a despolitização, a blindagem", disse durante evento que celebra a marca de 100 milhões de poupanças sociais digitais abertas.

"A responsabilidade de um Banco Central é com a preservação da estabilidade da moeda de um País, a preservação do valor de compra dos salários. Milhões de brasileiros trabalhando, a inflação não pode subir, porque eles perdem o valor de compra da moeda. A indexação é uma fuga, é um disfarce, é falta de coragem de enfrentar a inflação", afirmou,

Guedes afirmou que é um "orgulho extraordinário" ter um Banco Central autônomo depois de décadas e acenou ao presidente do BC, Roberto Campos Neto, e ao presidente Jair Bolsonaro, com quem, segundo ele, comentou sobre a proposta ainda durante a campanha eleitoral.

"Tenho muito orgulho de ter o Campos na equipe também, porque foi o avô Roberto Campos que criou o Banco Central independente no Brasil, e agora, décadas após isso, nós temos finalmente o Banco Central autônomo, uma versão ligeiramente diferente, um pouco mais branda, porque já temos inflação mais baixa, mas ainda como principal missão a preservação do poder de compra da moeda."

O ministro ainda afirmou que o Brasil está à frente de muitos países e terá uma moeda digital. "O PIX, o open banking, as fintechs, e a moeda digital. O Brasil terá uma moeda digital. O Brasil está a frente muitos países. Enquanto falamos mal do Brasil, a verdade é que o Brasil deu uma resposta eficiente, fulminante, tecnológica para esse desafio enfrentado", afirmou.

Contamos com apoio da Câmara para projeto de BC autônomo, diz Guedes

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BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, agradeceu nesta quarta-feira o Senado pela aprovação do projeto de autonomia do Banco Central e disse esperar igual apoio da Câmara dos Deputados para o texto, considerado crucial para garantir que o BC combata a alta da inflação sem sofrer interferências políticas.

"Contamos com apoio da Câmara, que deve aprovar também", afirmou ele, ao falar em cerimônia no Palácio do Planalto sobre as contas digitais criadas pela Caixa Econômica Federal em meio à crise.

O ministro afirmou que a versão do projeto aprovada no Senado é "ligeiramente diferente" e "um pouco mais branda" daquela que foi apontada como necessária pelo economista Roberto Campos há décadas, mas Guedes justificou que o cenário de inflação também evoluiu para melhor. Ele também lembrou que o projeto preservou como principal missão do BC a manutenção do poder de compra da moeda.

O texto aprovado pelos senadores confere autonomia formal ao BC com o estabelecimento de mandatos fixos para o presidente e para os diretores da autarquia, mandatos estes não coincidentes com o do presidente da República.

O texto também determina que "sem prejuízo de seu objetivo fundamental, o Banco Central do Brasil também tem por objetivos zelar pela estabilidade e pela eficiência do sistema financeiro, suavizar as flutuações do nível de atividade econômica e fomentar o pleno emprego".

Em relação à Caixa, Guedes elogiou a gestão do banco público durante a pandemia de Covid-19 e afirmou, em referência ao trabalho realizado, que o governo criou o maior banco digital do Ocidente em poucos meses.

O ministro reiterou ainda mensagem que vinha ressaltando publicamente, de que o governo pode acionar camada de proteção social se vier segunda onda de coronavírus, mas ressaltou que o fato no momento é que a doença está cedendo, e a economia está voltando.

"Especulações futuras enfrentaremos com mesma capacidade de decisão que o presidente com sua liderança implementou na equipe", disse.

O governo vai criar mais empregos até o final do ano, destacou Guedes, complementando que a taxa de desemprego tem subido porque agora os invisíveis --identificados na crise e que passaram a receber auxílio do governo-- são contabilizados como brasileiros em busca de ocupação.

"Os registros vão dizer que o desemprego subiu de 13 para 14(%). Claro, ninguém contava os invisíveis, ninguém contava os 40 milhões que estavam escondidos. Então era muito fácil relatar o desemprego de 13, agora vai ser 14, vai ser 15. Mas a pergunta é a seguinte: quantos milhões de brasileiros estavam invisíveis e foram atendidos?", disse.

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Fonte:
Reuters/Estadão Conteúdo

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