País volta às urnas para 2º turno em 57 cidades em momento de alta da pandemia

Publicado em 29/11/2020 10:04 e atualizado em 29/11/2020 19:57

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SÃO PAULO (Reuters) - Eleitores de 57 cidades, entre elas 18 capitais dos Estados, voltam às urnas neste domingo para escolher os prefeitos que assumirão esses municípios no início de 2021, em um momento de aumento no número de casos de Covid-19, o que pode levar, mais uma vez, a uma abstenção significa, como ocorrido no primeiro turno há duas semanas.

Entre os locais de disputa neste domingo estão os dois maiores colégios eleitorais do país.

Em São Paulo, o atual prefeito Bruno Covas (PSDB) tem uma vantagem confortável nas pesquisas de intenção de voto sobre Guilherme Boulos (PSOL), mas, em um momento de aumento nos casos de Covid-19 em todo o país, a abstenção deve ser um fator a ser observado. Na quinta-feira, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, chegou a falar em repique da doença.

Covas tem maior intenção de voto entre os mais velhos, enquanto Boulos é o preferido entre os jovens. Eleitores com mais de 70 anos --parte do grupo de risco para a Covid-19, que engloba aqueles com mais de 60-- não são obrigados a votar.

Na sexta-feira, por outro lado, Boulos anunciou que testou positivo para Covid-19, o que levou ao cancelamento do último debate entre os dois e atrapalhou os esforços do candidato do PSOL de ganhar um impulso a mais na reta final da campanha.

Já no Rio de Janeiro o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) deve ser eleito com uma grande vantagem e assim impedir a reeleição de Marcelo Crivella (Republicanos).

Entre as demais capitais com o segundo turno, uma das disputas mais acirradas deve ocorrer em Recife. Em um duelo entre primos de segundo grau, Marília Arraes (PT), neta do já falecido ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes, disputa o comando da cidade contra João Campos (PSB), bisneto de Miguel Arraes e filho do também já falecido ex -governador Eduardo Campos. As pesquisas mostram ambos empatados.

Outro embate que promete ser bem apertado, segundo as últimas pesquisas, é Porto Alegre, onde Manuela D'Ávila (PCdoB) e Sebastião Melo (MDB) aparecem em empate técnico.

O esperado fracasso de Crivella no Rio de Janeiro deve consolidar uma tendência registrada no primeiro turno da eleição, em 15 de novembro: a derrota de candidatos apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro. Em Fortaleza, outro nome que erigido o endosso presidencial, Capitão Wagner (Pros) também está atrás nas pesquisas, que apontam para vitória de José Sarto (PDT).

Assim como há duas semanas, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) voltou a antecipar em uma hora de início da votação, que ocorrerá das 7h às 17h. Novamente o horário entre 7h e 10h será preferencial para os idosos.

A Justiça Eleitoral também promete ter solucionado os problemas técnicos que atrasaram a divulgação da apuração no primeiro turno. Assim, o quadro completo dos comandos das cidades de todo o país, em cumprindo-se essa promessa, deve ser conhecido ainda no início da noite de domingo. No primeiro turno, a maior parte dos resultados teve divulgação concluída já quase na madrugada de segunda-feira.

Brasil registra 51.922 novos casos de Covid-19; sábado registra 587 mortes

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SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil registrou neste sábado 51.922 novos casos de coronavírus, o que eleva o total de infecções confirmadas no país a 6.290.272, informou o Ministério da Saúde.

Também foram notificados 587 novos óbitos em decorrência da Covid-19, com o total de mortes pela doença no Brasil atingindo 172.561, acrescentou a pasta.

O Brasil é o segundo país com maior número de mortes por coronavírus no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, e o terceiro em casos, abaixo dos EUA da Índia.

Na quinta-feira, o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, disse que os dados da pandemia no Brasil sinalizam um "repique" em algumas regiões em termos de contaminação e mortes, causando que esse movimento é "mais claro" no Sul e Sudeste .

Neste cenário, todas as opiniões estão voltadas para a possibilidade de vacinação contra uma doença no ano que vem. Na sexta-feira, Francieli Fantinato, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, disse que neste momento o governo está verificando quais são os públicos mais vulneráveis ​​em relação à Covid-19 para ajudar na definição dos grupos prioritários no momento em que houver uma vacina disponível .

"Nós temos ainda os objetivos da vacinação já definidos, que é reduzir a morbidade, a mortalidade e também atender às pessoas mais expostas ao vírus", disse a coordenadora em entrevista coletiva.

"Neste momento nós não temos uma capacidade mundial de produzir vacina para toda a população brasileira. Então nós temos quantidade limitada de vacina, e portanto nós precisamos definir esses objetivos para poder direcionar a nossa estratégia de vacinação", acrescentou.

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Fonte:
Reuters

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