Cuba rompe diálogo com grupo de artistas que pediam liberdade de expressão

Publicado em 05/12/2020 09:42

LOGO REUTERS

HAVANA (Reuters) - O governo de Cuba descumpriu sua promessa de se reunir com um grupo de artistas que pediam mais liberdade de expressão, dizendo que não concorda com uma série de condições para realizar as negociações e que não conversará com "inimigos da revolução".

O governo cubano havia concordado em organizar as conversas na sexta-feira passada, quando cerca de 300 artistas cubanos realizaram uma manifestação incomum diante do Ministério da Cultura em protesto contra uma operação na sede do grupo de artistas dissidentes "Movimento San Isidro".

"O ministro da Cultura (Alpidio Alonso) não se reunirá com pessoas que têm contato direto e recebem financiamento, apoio logístico e respaldo propagandístico do governo dos Estados Unidos e seus funcionários", disse em uma nota oficial.

O Ministério da Cultura divulgou que os 30 delegados anunciados para negociar enviaram um email que a instituição qualificou de "insolente" e observou que "o grupo se erigiu em voz de todos, pretende impor, de modo unilateral, quem, com quem e para que aceitarão dialogar".

Na lista dos 30 delegados estão incluídos vários membros do chamado "Movimento San Isidro" e meios independentes como 14yMedio e Cibercuba, entre outros, que o governo qualifica de "mercenários".

O Estado, que tem o monopólio dos meios de comunicação, empreendeu nesta semana una ofensiva contra os dissidentes ao classificá-los de "mercenários financiados pelos Estados Unidos" que buscam desestabilizar o país, e afirmou que seus protestos são orquestrados em Miami e Washington.

O governo norte-americano tem um histórico antigo de financiamento do que descreve como esforços para promover a democracia na ilha, mas o grupo de San Isidro nega ter recebido este financiamento.

Câmara dos Deputados dos EUA vota pela descriminalização da maconha em nível federal

LOGO REUTERS

WASHINGTON (Reuters) - A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou nesta sexta-feira a descriminalização da maconha em nível federal, mas não se espera que a legislação avance enquanto o Senado estiver nas mãos dos republicanos.

Foi a primeira vez que uma Casa do Congresso votou a favor do fim da proibição federal da maconha desde que a droga foi listada como uma "substância controlada" nos anos 1970.

Quinze Estados norte-americanos e o distrito de Colúmbia legalizaram o uso recreativo da maconha, e mais de 30 Estados permitem alguma variante da droga para fins medicinais. As vendas de cannabis bateram recordes no país no feriado de Ação de Graças.

Mas a proibição federal à droga persiste, o que cria conflitos com leis estaduais e limita o acesso das empresas de maconha a serviços e financiamentos de bancos.

A Câmara de maioria democrata aprovou a revogação da proibição federal por 228 votos a 164, refletindo os alinhamentos essencialmente partidários, mas o líder republicano da maioria no Senado, Mitch McConnell, se opõe à mudança, o que significa que uma proposta de descriminalização dificilmente será apreciada pelos senadores, a menos que os democratas conquistem cadeiras no Senado da Geórgia e com elas o controle do Senado em um segundo turno eleitoral no dia 5 de janeiro.

O projeto de lei aprovado pela Câmara permitiria aos Estados regulamentar a maconha, explicou o deputado democrata Earl Blumenauer, copresidente do Caucus Congressual da Maconha, em um debate.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Reuters

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário