Itália só dará uma dose de vacina contra Covid a alguns pacientes devido a escassez na UE

Publicado em 04/03/2021 10:16

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MILÃO (Reuters) - A Itália só administrará uma dose de vacina a pessoas infectadas com Covid-19 com antecedência de três a seis meses, disse o Ministério da Saúde, uma medida que parece buscar poupar vacinas em meio a uma distribuição irregular na União Europeia.

A recomendação se aplica tanto a pessoas que adoeceram quanto àquelas que foram diagnosticadas e estão assintomáticas.

A Itália é o terceiro país da UE, depois de França e Espanha, a seguir este caminho no momento em que nações do bloco enfrentam dificuldades para intensificar suas campanhas de vacinação devido a cortes de suprimentos impostos pelas farmacêuticas.

A Itália, que tem uma população de cerca de 60 milhões de habitantes, havia administrado 4,76 milhões de doses de vacinas até a manhã desta quinta-feira, e cerca de 1,5 milhão de pessoas já receberam as duas doses recomendadas.

No total, o país recebeu 6,3 milhões de doses dos fabricantes, mas atrasos recorrentes no suprimento prejudicam os esforços de inoculação.

O primeiro-ministro, Mario Draghi, reformulou a maneira como o país enfrenta a pandemia desde que tomou posse, no mês passado, substituindo o comissário especial para a Covid e o chefe da agência de proteção civil visando acelerar as vacinações.

Durante uma reunião de líderes da UE na semana passada, Draghi também sugeriu que as primeiras doses sejam priorizadas. No momento, muitos países do bloco, inclusive a Itália, estão seguindo as recomendações das farmacêuticas de dar duas doses separadas e, em resultado disso, guardando doses.

Rio de Janeiro adota restrições e toque de recolher para conter Covid-19

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RIO DE JANEIRO (Reuters) - A cidade do Rio de Janeiro adotará medidas restritivas e toque recolher noturno na tentativa de frear a disseminação da Covid-19 informou a prefeitura da capital fluminense nesta quinta-feira.

As medidas foram publicadas no Diário Oficial do município e entram em vigor na sexta-feira. Ela terão validade até 11 de março. A permanência de pessoas na rua será proibida na cidade das 23h às 5h, mas os deslocamentos serão permitidos, de acordo com a publicação no DO.

"O horário de funcionamento de bares, lanchonetes, restaurantes e congêneres, para o atendimento presencial de qualquer natureza, fica restrito ao período entre 6h e 17h, com a circulação de público limitada a 40% da capacidade instalada, incluindo-se aqueles que funcionam no interior de shoppings e centros comerciais", afirma o decreto publicado no Diário Oficial.

A intenção da prefeitura é reduzir as aglomerações em bares, limitando o funcionamento desses estabelecimentos, ao mesmo tempo que proíbe que pessoas permaneçam nas ruas aglomerando e consumindo bebidas alcoólicas.

A prefeitura decidiu limitar também atividades comerciais nas praias e o funcionamento de feiras livres. As medidas prevêem ainda que eventos, apresentações, boates e casas de festas não podem funcionar nesse período de restrição mais dura.

A decisão foi tomada, de acordo com a prefeitura, para conter o avanço da Covid-19 e devido à circulação de novas variantes do coronavírus na cidade e no Estado.

Em entrevista coletiva, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM), disse que as restrições são uma medida preventiva para evitar uma repetição do quadro da pandemia vivido pela capital fluminense no ano passado. Ele disse que o aumento na procura por atendimento na rede de saúde também influenciou na decisão.

"Queremos nos antecipar para evitar que a história de 2020 se repita. Fomos a capital que maia matou ou que mais gente morreu em 2020. Tudo que estamos fazendo é para evitar lockdown, disse Paes.

"Não quero esperar as pessoas morrerem para tomar atitudes... uma semana pode ser decisiva."

A prefeitura argumentou ainda que a decisão foi motivada por alerta feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) devido ao aumento de casos de síndromes gripais na rede de saúde, à piora da pandemia em Estados vizinhos como São Paulo e Minas Gerais e ao comportamento de parte da população que segue fazendo aglomerações.

Uma reunião com a área de segurança do governo estadual do Rio está marcada para esta quinta para detalhar como será a fiscalização.

A cidade do Rio já registrou mais de 208 mil casos confirmados de Covid-19 e quase 19 mil mortes provocadas pela doença.

Em dia de recorde mortes, Pazuello fala em "momento grave da pandemia"

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BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que o Brasil atingiu "um grave momento da pandemia", em vídeo divulgado na noite desta quarta-feira após o país ter batido o recorde de mortes por Covid-19 em um único dia, de 1.910 óbitos, mas, sem falar de medidas mais drásticas como lockdown, pediu para se reforçar medidas preventivas.

"Hoje é um dia difícil para todos os brasileiros. Atingimos um grave momento da pandemia. As variantes do coronavírus nos atingem de forma agressiva", disse em vídeo divulgado pelas redes sociais da pasta.

"A todos vocês, quero dizer que estamos trabalhando firmes para mudar esse quadro."

Na gravação, Pazuello compartilhou uma "notícia muito boa" e citou o acerto para comprar a partir de maio 138 milhões de doses das vacinas contra Covid-19 da Pfizer e da Janssen para fazerem parte do Programa Nacional de Imunização.

"Estamos trabalhando forte para que até o final deste ano os maiores de 18 anos que puderem ser vacinados sejam vacinados. Enquanto isso, alerto sobre a importância de que todos mantenham os cuidados preventivos individuais para diminuir o risco de ficar doente", disse.

Brasil bate novo recorde de mortes por Covid-19 em um dia com mais 1.910 óbitos (com 9.591.590 pessoas recuperadas)

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BRASIL (Reuters) - O Brasil registrou nesta quarta-feira 1.910 novas mortes em decorrência da Covid-19, renovando seu recorde de óbitos em um único dia e atingindo um total de 259.271 vítimas fatais da doença, informou o Ministério da Saúde.

A marca supera o recorde anterior, registrado na véspera, quando foram notificadas 1.641 mortes.

Além disso, também foram contabilizados 71.104 novos casos de coronavírus no país, segunda maior marca desde o início da pandemia. A cifra fica abaixo somente da verificada no último dia 7 de janeiro, quando houve o anúncio de 87.843 infecções.

Com isso, o total local de pessoas contaminadas pelo vírus chega a 10.718.630, conforme os dados do ministério.

O Brasil, que enfrenta uma nova onda de contaminações, mortes e sobrecargas em hospitais, é o segundo país com maior número de óbitos por coronavírus no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, e o terceiro em casos, abaixo dos EUA e da Índia.

Estado brasileiro mais afetado pela doença em números absolutos, São Paulo chegou às marcas de 2.068.616 casos e 60.381 mortes. O governo local decidiu colocar todo o Estado na fase vermelha do plano de contenção do vírus, a mais restritiva, diante do aumento nos índices da pandemia.

"É muito triste, para todos nós, voltarmos a uma situação que nós tínhamos lá no pior período da epidemia, onde nós seremos obrigados a impor o fechamento de todos os serviços não essenciais... É com muito pesar que a gente faz isso", disse o coordenador executivo do Centro de Contingência da Covid-19 em São Paulo, João Gabbardo, em entrevista coletiva nesta quarta.

"Mas a gente teve que fazer uma opção, e nós fizemos uma opção pela vida. Porque hoje, com essa velocidade que nós temos na transmissão da doença, não existe outra alternativa que não seja o isolamento", acrescentou, destacando que a segunda onda levou o país inteiro a entrar em situação de colapso.

Em nota publicada na véspera, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alertou que 19 unidades da federação apresentavam taxas de ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) acima de 80%.

De acordo com os números do Ministério da Saúde, Minas Gerais é o segundo Estado com maior número de infecções pelo coronavírus, com 893.645 casos, mas o Rio de Janeiro é o segundo com mais óbitos contabilizados, somando 33.362 mortes.

O Brasil ainda possui, segundo o governo, 9.591.590 pessoas recuperadas da Covid-19 e 867.769 pacientes em acompanhamento.

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Fonte:
Reuters

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