Exportações da China em fevereiro têm alta recorde em relação níveis de 2020
PEQUIM (Reuters) - As exportações da China em fevereiro cresceram a um ritmo recorde em relação ao ano anterior, quando a Covid-19 afetou a segunda maior economia do mundo, mostraram dados da alfândega neste domingo, enquanto as importações subiram com menos força.
As exportações em dólares dispararam 154,9% em fevereiro na comparação com o mesmo período do ano anterior, enquanto as importações ganharam 17,3%, ritmo mais forte desde outubro de 2018.
No período entre janeiro e fevereiro, as exportações saltaram 60,6% sobre o ano anterior, quanto os lockdowns para conter a pandemia paralisaram a economia do país. Isso superou a previsão de analistas da Reuters de um aumento de 38,9%.
As exportações fortes, que se beneficiam do sucesso da China em conter a crise de saúde pública, ajudaram a alimentar a recuperação do país.
O aumento deveu-se a uma recuperação na demanda externa, disse a alfândega em comunicado em seu site, citando melhoras na manufatura da União Europeia e dos Estados Unidos, e suas importações de produtos chineses graças a medidas de estímulo fiscal.
China diz esperar que EUA removam restrições "irracionais" sobre cooperação
PEQUIM (Reuters) - A China pediu aos Estados Unidos neste domingo que removam as restrições "irracionais" à cooperação o mais breve possível e que trabalhem juntos em questões como mudança climática, ao mesmo tempo em que acusou os EUA de provocarem o caos no nome da disseminação da democracia.
Na semana passada, o presidente dos EUA, Joe Biden, destacou uma "crescente rivalidade com a China" como importante desafio diante dos EUA, com seu principal diplomata descrevendo o país asiático como "maior teste geopolítico" deste século.
Falando em sua entrevista anual à imprensa, o principal diplomata chinês, o conselheiro estatal Wang Yi, adotou uma postura dura mesmo ao destacar onde as duas maiores economias do mundo poderia trabalhar juntas.
Questionado sobre recentes atritos entre EUA e China sobre Taiwan, Xinjiang e o Mar do Sul da China, Wang disse que Pequim "nunca aceitará acusações sem fundamento e difamação".