Relator pretende manter ideia principal da PEC Emergencial, diz Lira
Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta terça-feira que a ideia do relator da PEC Emergencial, deputado Daniel Freitas (PSL-SC), é manter a essência do texto encaminhado pelo Senado, sem alterá-lo substancialmente.
Lira, assim com Freitas, conversou com o presidente Jair Bolsonaro nesta terça, em meio a pressões para flexibilizações no texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), vindas, inclusive, por setores bolsonaristas da Câmara, caso da chamada bancada da bala.
"Penso que está tudo, com relação ao mérito do que vai ser votado, organizado. O relator deve manter a ideia base do Senado Federal, com poucas ou nenhuma alteração proposta pelo relator", disse o presidente da Câmara a jornalistas.
Sobre a reunião com Bolsonaro, Lira explicou que não ocorreu para comunicá-lo da determinação de manter o texto, mas para transmitir o sentimento captado em reunião de integrantes da base de seu governo que discutiu o tema.
Na ocasião, relatou o presidente da Câmara, decidiu-se que o melhor é manter a previsibilidade e o calendário de votações. Uma alteração na PEC pode forçá-la a uma segunda análise no Senado e atrasar a concessão do auxílio emergencial, já que o governo federal aguarda a aprovação da proposta para editar medida liberando o pagamento da renda assistencial.
Segundo Lira, a maioria da Câmara entende que a proposta precisa ser votada o quanto antes --a previsão é que sua admissibilidade seja analisada nesta terça, e a PEC tenha os dois turnos votados na quarta-- para que o Ministério da Economia libere o pagamento do auxílio emergencial aos vulneráveis atingidos pela pandemia de Covid-19 ainda neste mês.
"Nós temos que agilizar todos esses temas que são, não condicionantes, mas pressupostos normais, para que o governo e o país tenham previsibilidade de votação de assuntos que são urgentes também, como o auxílio emergencial", afirmou o deputado.
A equipe econômica já sinalizou a disposição de pagar, a partir deste mês, quatro parcelas em média de 250 reais a vulneráveis. Mas antes disso, é necessário que a PEC seja aprovada pelo Congresso Nacional.
A PEC abre caminho para a concessão do auxílio emergencial com o limite de 44 bilhões de reais para o montante que poderá ser excepcionalizado das regras fiscais em 2021.
A proposta também traz gatilhos fiscais a serem acionados quando a despesa obrigatória ultrapassar 95% da despesa primária total ou em caso de calamidade pública.
0 comentário
Dólar oscila perto da estabilidade após abertura no Brasil
Mercado vê Selic a 12,25% em 2026, mostra Focus
Minério de ferro amplia ganhos com oferta restrita da BHP e produção mais firme de ferro-gusa
Confiança do consumidor do Brasil atinge em dezembro nível mais alto em um ano, mostra FGV
China mantém taxas de juros de referência para empréstimos pelo sétimo mês consecutivo
Consumidores do Reino Unido sentem impacto dos aumentos de impostos com desaceleração da economia