Gasolina e diesel recuam nos postos após cortes da Petrobras na refinaria

Publicado em 27/03/2021 11:46

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SÃO PAULO (Reuters) - Os preços da gasolina e do diesel nos postos do Brasil encerraram a semana em queda, mostraram dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta sexta-feira, com os valores acompanhando em parte cortes das cotações pela Petrobras em suas refinarias.

O movimento encerrou uma longa tendência de aumento nos custos para os consumidores nas bombas-- o diesel não via redução há oito semanas e a gasolina avançou continuamente por 13 semanas antes de ceder, segundo contagem da Reuters com dados da reguladora.

O alívio seguiu-se a dois cortes consecutivos dos valores cobrados nas refinarias pela Petrobras. A estatal anunciou em 19 de janeiro uma redução de 5% na gasolina, enquanto em 24 de março foram informados diminuições de cerca de 4% tanto na gasolina quanto no diesel.

Nos postos, o custo médio da gasolina para o cliente final caiu 0,73% frente à semana anterior, a 5,551 reais por litro, de acordo com os números da ANP.

O óleo diesel, combustível mais utilizado do Brasil, encerrou a semana com recuo menor, de 0,12%, a 4,269 reais por litro em média.

Nas últimas sete semanas, o diesel havia registrado seis aumentos e uma semana de estabilidade, mesmo após um corte de tributos federais pelo governo sobre o produto, que valerá por dois meses.

O etanol hidratado, concorrente da gasolina nas bombas, também recuou e fechou a semana 2,8% mais barato, a 4,067 reais por litro, segundo os dados da ANP.

Os preços nos postos, no entanto, não necessariamente acompanham os reajustes da Petrobras, que domina o mercado de refino no Brasil. Fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de distribuição também influenciam nos valores.

Preços do petróleo saltam 4% por temor de que bloqueio em Suez possa durar semanas

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NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo avançaram mais de 4% nesta sexta-feira, por temores de que a oferta global da commodity e de produtos refinados possa ser afetada por semanas devido ao encalhe de um gigante navio porta-contêineres no Canal de Suez.

As cotações se recuperaram da forte queda registrada na sessão anterior, quando foram pressionadas por preocupações sobre os impactos que novos lockdowns relacionados ao coronavírus na Europa podem ter sobre a demanda.

O petróleo Brent fechou em alta de 2,62 dólares, ou 4,2%, a 64,57 dólares por barril, após ceder 3,8% na quinta-feira. Já o petróleo dos Estados Unidos (WTI) avançou 2,41 dólares, ou 4,1%, para 60,97 dólares o barril, depois de apurar queda de 4,3% na véspera.

O Brent acumulou ganho de 0,1% na semana, enquanto o WTI recuou 0,7% no período, engatando sua terceira queda semanal consecutiva.

O mercado do petróleo apresentou grande volatilidade nesta semana, com operadores avaliando tanto o impacto potencial do bloqueio do Canal de Suez, que ocorreu na terça-feira, quanto o efeito dos novos lockdowns devido à pandemia de coronavírus.

"Hoje o mercado está em alta de novo, já que os traders decidiram, em uma mudança de humor, que o bloqueio do Canal de Suez de fato está se tornando mais significativo para os fluxos de petróleo e entregas do que haviam concluído anteriormente", disse Paola Rodriguez Masiu, vice-presidente de mercados de petróleo da Rystad Energy.

O Canal de Suez intensificou esforços nesta sexta-feira para liberar o meganavio encalhado, depois de não obter sucesso em uma tentativa anterior. A operação pode levar semanas, com possíveis complicações do clima instável no local.

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Fonte:
Notícias Agrícolas

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