EUA dizem estar focados em garantir segurança do aeroporto de Cabul após cenas de caos
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WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos estão concentrados em proteger o aeroporto de Cabul e mais forças norte-americanas chegarão o local, disse o vice-conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jon Finer, à medida que as pessoas tentam fugir do Afeganistão um dia depois de insurgentes do Taliban tomarem o poder.
Os Estados Unidos suspenderam temporariamente todos os voos de retirada de pessoal de Cabul para remover as pessoas que se aglomeraram no pátio do aeroporto, disse um oficial de defesa dos EUA à Reuters, mas sem informar quanto tempo duraria a interrupção.
O oficial de defesa disse que os Estados Unidos pretendem tirar do Afeganistão dezenas de milhares de afegãos em risco que trabalharam para o governo dos EUA e irão abrigá-los temporariamente em Fort McCoy, em Wisconsin, e Fort Bliss, no Texas.
Cinco pessoas morreram no caos no aeroporto de Cabul nesta segunda-feira, segundo testemunhas, enquanto as pessoas tentavam fugir do país depois que os insurgentes do Taliban tomaram Cabul e declararam o fim da guerra contra forças estrangeiras e locais.
Os Estados Unidos estão intensamente focados em proteger o aeroporto de Cabul nesta segunda-feira, disse o vice-conselheiro de Segurança Nacional, Jon Finer, à MSNBC. O objetivo era continuar os voos de retirada de civis para cidadãos norte-americanos no Afeganistão, afegãos que trabalharam ao lado dos EUA nos últimos 20 anos e para outros afegãos particularmente vulneráveis, disse ele.
Forças adicionais dos EUA irão para o aeroporto nesta segunda e na terça-feira para fornecer segurança, acrescentou Finer.
Os insurgentes do Taliban assumiram o controle da capital afegã, Cabul, no domingo, depois da derrota do Exército afegão apoiado pelos Estados Unidos quando as forças estrangeiras se retiraram do Afeganistão.
O Pentágono fornecerá moradia temporária nos Estados Unidos para até 22.000 afegãos que se inscrevam para vistos especiais de imigração, disponíveis para tradutores e outros que ajudaram o governo dos EUA no Afeganistão.
Pentágono diz que forças dos EUA e outros países trabalham para liberar aeroporto de Cabul
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WASHINGTON (Reuters) - As forças dos Estados Unidos estão trabalhando com tropas turcas e de outros países para liberar o aeroporto de Cabul e permitir a retomada dos voos internacionais, disse o porta-voz do Pentágono, John Kirby, nesta segunda-feira.
Kirby disse, em entrevista coletiva, que o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, autorizou o envio de outro batalhão para Cabul, o que elevaria o número de soldados que estão protegendo a saída de civis para cerca de 6 mil.
Caos em aeroporto de Cabul impede partidas após tomada do poder pelo Taliban
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CABUL (Reuters) - Milhares de civis desesperados para fugir do Afeganistão lotaram o aeroporto de Cabul, nesta segunda-feira, depois que o Taliban tomou a capital, levando os militares norte-americanos a suspenderem os voos de saída de pessoal, no momento em que aumentam as críticas à retirada militar dos Estados Unidos.
Multidões lotaram o aeroporto tentando escapar, incluindo algumas pessoas que se agarraram a um avião de transporte militar dos EUA que taxiava na pista, de acordo com imagens publicadas por uma empresa de mídia.
Soldados norte-americanos atiraram para o alto para deter pessoas que tentavam embarcar à força em um voo militar que deveria retirar diplomatas e pessoal da embaixada dos EUA, disse uma autoridade norte-americana.
Cinco pessoas morreram em meio ao caos no aeroporto nesta segunda-feira, segundo reportagens, mas uma testemunha disse que não estava claro se elas foram baleadas ou pisoteadas durante o tumulto. Uma autoridade dos EUA disse à Reuters que dois homens armados foram mortos por forças norte-americanas no local nas últimas 24 horas.
A conquista rápida de Cabul por parte do Taliban ocorre na esteira da decisão do presidente dos EUA, Joe Biden, de retirar as forças de seu país do Afeganistão depois de 20 anos de uma guerra que custou bilhões de dólares.
A velocidade com que as cidades afegãs caíram em poucos dias e o temor de uma repressão do Taliban à liberdade de expressão e a direitos das mulheres conquistados ao longo de duas décadas provocam críticas à decisão norte-americana.
Biden, que disse que as forças afegãs tinham que reagir ao Taliban, deve falar sobre o Afeganistão às 16h45 (horário de Brasília).
Ele está sendo criticado por adversários e aliados, inclusive parlamentares democratas, ex-funcionários do governo e até seus próprios diplomatas pela maneira como tratou da retirada norte-americana do Afeganistão.
A essência das críticas está na falta de preparativos do governo dos Estados Unidos, tanto para remover afegãos em risco, mesmo com meses para planejar, quanto por fazer pouco para garantir que alguns progressos nos direitos das mulheres não evaporem da noite para o dia.
"Se o presidente Biden realmente não se arrepende de sua decisão de retirada, então está desconectado da realidade no que diz respeito ao Afeganistão", disse o senador republicano Lindsey Graham no Twitter.
O deputado republicano Jim Banks, membro do comitê dos Serviços Armados da Câmara, disse à rede Fox News: "Nunca vimos um líder americano abdicar de suas responsabilidades e liderança como Joe Biden faz. As luzes estão acesas na Casa Branca, mas não tem ninguém em casa. Onde está Joe Biden?"
Jim Messina, vice-chefe de gabinete da Casa Branca do ex-presidente Barack Obama, defendeu a decisão de Biden, dizendo que houve um consenso bipartidário segundo o qual era hora de partir.
O presidente afegão, Ashraf Ghani, fugiu no domingo, quando os militantes islâmicos entraram em Cabul praticamente sem oposição, dizendo que queria evitar derramamento de sangue.
Os Estados Unidos e outras potências estrangeiras correram para retirar funcionários diplomáticos e outros, mas os Estados Unidos suspenderam temporariamente todos os voos de retirada de pessoas para tentar liberar o aeroporto, disse um oficial de defesa dos EUA à Reuters.
Suhail Shaheen, porta-voz do Taliban, disse em uma mensagem no Twitter que seus combatentes estavam sob ordens estritas de não ferir ninguém.
“A vida, a propriedade e a honra de ninguém devem ser prejudicadas, mas devem ser protegidas pelos mujahidin”, disse.
Biden diz não se arrepender da decisão de retirar tropas dos EUA do Afeganistão
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ASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta segunda-feira que a missão dos Estados Unidos no Afeganistão nunca deveria ser uma construção nacional, e defendeu sua decisão de retirar as tropas norte-americanas do país.
Milhares de civis desesperados para fugir do Afeganistão lotaram a pista do aeroporto de Cabul mais cedo nesta segunda, depois que o Taliban tomou o controle da capital afegã se aproveitando da saída das tropas dos EUA.
Biden defende retirada de tropas dos EUA e acusa Exército afegão de falta de vontade de lutar
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, defendeu com firmeza, nesta segunda-feira, a decisão de retirar as tropas norte-americanas do Afeganistão e rejeitou as amplas críticas à decisão, que gerou uma enorme crise para seu governo depois que o Taliban retomou o poder.
Biden disse que a missão dos Estados Unidos no Afeganistão nunca deveria ser de construção de uma nação, e culpou a relutância do Exército afegão em lutar contra o grupo militante pela volta do Taliban ao poder.
Milhares de civis desesperados para fugir do Afeganistão lotaram a única pista do aeroporto de Cabul nesta segunda-feira, depois que o Taliban tomou a capital, o que levou os Estados Unidos a suspenderem os voos de retiradas.
Cinco pessoas foram mortas no caos no aeroporto. Uma autoridade dos EUA disse à Reuters que dois homens armados foram mortos pelas forças dos EUA nas últimas 24 horas.
"Eu mantenho totalmente minha decisão", disse Biden. "Depois de 20 anos, aprendi da maneira mais difícil que nunca era um bom momento para retirar as forças dos EUA. É por isso que ainda estamos lá", afirmou.
"A verdade é: isso aconteceu mais rápido do que esperávamos. Então, o que aconteceu? Os líderes políticos do Afeganistão desistiram e fugiram do país. Os militares afegãos desistiram, às vezes sem tentar lutar", acrescentou.
Biden combinou sua defesa com um aviso aos líderes do Taliban: que a retirada dos EUA possa prosseguir desimpedida ou enfrentarão uma força devastadora.
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