Dólar ajusta e passa a cair após superar R$5,47; Fed e incertezas locais seguem no radar
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O dólar devolveu seus ganhos e passou a ceder terreno nesta sexta-feira, com investidores realizando lucros após a moeda norte-americana superar os 5,47 reais no pico do pregão, quando se ressentiu mais claramente de expectativas de redução de estímulos pelo Federal Reserve e ruídos domésticos.
Às 12h45, o dólar à vista recuava 0,48%, a 5,3973 reais na venda, depois de saltar quase 1% no pico do pregão, a 5,4765 reais, pouco após as 10h.
O real estava entre os melhores desempenhos desta sessão, enquanto vários de seus pares emergentes figuravam entre as maiores quedas, caso do peso mexicano (-1,3%) e do rand sul-africano (-0,8%), os dois lanternas de uma lista de 33 pares da moeda norte-americana.
Segundo Alexandre Netto, chefe de câmbio da Acqua-Vero Investimentos, o arrefecimento do dólar nesta manhã é um movimento técnico, com exportadores "aproveitando a alta (do dólar) para internalizar recursos".
Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital, compartilha da mesma visão: "É natural, sempre que vemos um movimento muito agudo de alta, haver também um movimento de realização. O exportador, que tem muita posição em dólar, vê o patamar de 5,47 (reais) como ponto de realização, percebendo um sobrepreço."
No mercado futuro, o dólar foi ainda mais alto, a 5,4840 reais, máxima desde 4 de maio, mas neste momento a cotação cedia para 5,4090 reais, queda de 0,30%.
Descrevendo a queda do dólar neste fim de manhã como um movimento pontual de ajuste, ele afirmou que a conjuntura continua a mesma. Em meio ao cenário externo de aversão a risco e a uma crise de confiança local, "a tendência no curto prazo ainda é de real fraco", afirmou.
Na semana, o dólar spot subia 2,9%, elevando os ganhos no mês para 3,7%. Em 2021, a moeda valorizava-se 4%.
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