Comissão do Senado aprova Diogo Guillen e Renato Gomes para diretorias do BC; nomes vão ao plenário
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Por Bernardo Caram
BRASÍLIA (Reuters) - A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira as indicações de Diogo Guillen para a diretoria de Política Econômica do Banco Central e Renato Gomes para a diretoria de Organização do Sistema Financeiro e Resolução da autarquia.
Guillen recebeu 20 votos a favor e 2 contrários, enquanto Gomes teve 22 votos favoráveis e nenhum contra. Os nomes ainda precisam ser aprovados pelo plenário do Senado.
Na sabatina, Guillen disse não ser apropriado mudar a meta de inflação diante de choques econômicos porque isso geraria impacto negativo sobre as expectativas para a evolução dos índices de preços.
“A manutenção de comprometimento com a meta ajuda no papel de ancoragem das expectativas”, disse. “A meta não deve ser alterada por conta de um choque”.
Guillen também apoiou a função de seguro para o país das reservas internacionais e defendeu o câmbio flutuante, tratando o mecanismo como “a primeira linha de defesa para choques econômicos”.
Gomes, por sua vez, disse ser empático à preocupação sobre o lucro elevado de bancos, citando ações já adotadas pela autoridade monetária para aumentar a competitividade no setor, como o open banking e o apoio a fintechs.
O economista ainda se posicionou contra a tributação sobre pagamentos, argumentando que eventual medida nesse sentido geraria distorções.
Em relação às criptomoedas, Gomes afirmou que é necessário haver regulação prudencial e medidas para que instituições financeiras não tenham seus balanços contaminados por esses ativos voláteis.
Indicado em novembro do ano passado para substituir Fabio Kanczuk, que deixou o BC a pedido, Guillen atuava como economista-chefe da Itaú Asset Management. Ele é professor vinculado ao Insper, sendo bacharel e mestre pelo Departamento de Economia da PUC-Rio e PhD em economia pela Princeton University, dos EUA.
Gomes foi indicado em outubro do ano passado para ocupar a vaga deixada por o João Manoel Pinho de Mello. Professor da Escola de Economia de Toulouse e pesquisador do Centre National de la Recherche Scientifique, ele é bacharel e mestre pelo Departamento de Economia da PUC-Rio e PhD em economia pela Northwestern University.
Se aprovados pelo plenário do Senado, os dois poderão votar na próxima reunião do Comitê de Política Monetária, em maio, após tomarem posse.
(Por Bernardo Caram)
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