Ibovespa cai com tombo do petróleo derrubando Petrobras, mas varejistas disparam

Publicado em 05/07/2022 17:21 e atualizado em 05/07/2022 18:04

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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em queda nesta terça-feira, com recuo forte de Petrobras na esteira do tombo do petróleo no exterior, enquanto varejistas mostraram reação expressiva, com Magazine Luiza disparando quase 12%.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,32%, a 98.294,64 pontos, após chegar a 96.499,42 pontos no pior momento, renovando mínima intradia desde novembro de 2020.

O volume financeiro no pregão somou 23,1 bilhões de reais.

A melhora do Ibovespa foi endossada por Wall St, onde o S&P 500 fechou no azul após cair mais de 2% no pior momento, quando prevaleceram as preocupações com o risco de recessão nos Estados Unidos e no mundo. O Nasdaq avançou 1,75%.

Na visão do sócio da Manchester Investimentos Eduardo Cubas Pereira, a queda mais acentuada no começo do pregão na B3 foi exagerada, uma vez que não houve novidades relevantes nesta sessão que explicassem as vendas mais fortes.

Ele ponderou, contudo, que permanecem as preocupações com a elevação dos juros globalmente, bem como o eventual risco de recessão e estagflação, além das discussões políticas no Brasil, particularmente a PEC dos Benefícios, por causa do risco fiscal.

DESTAQUES

- PETROBRAS ON e PETROBRAS PN perderam 4,27% e 3,81%, respectivamente, afetadas pelo tombo de cerca de 9% do petróleo nesta terça-feira, na maior queda diária desde março, por crescentes temores de uma recessão global e lockdowns na China que podem reduzir a demanda. No setor, 3R PETROLEUM ON cedeu 7,44% e PETRORIO ON caiu 7,11%.

- MAGAZINE LUIZA ON saltou 11,74%, reagindo após ter renovado mínima intradia desde dezembro de 2017, a 2,03 reais, em movimento generalizado no setor. VIA ON disparou 11,48% e AMERICANAS ON avançou 9,73%. Operadores citaram como suportes desde ajuste técnico a expectativas de mais dinheiro na economia com a PEC dos Benefícios.

- PETZ ON avançou 8,65%, a 10,43 reais, após atingirem uma mínima histórica intradia a 9,42 reais. Analistas do Goldman Sachs iniciaram a cobertura da companhia com recomendação de "compra" e preço-alvo de 16 reais.

- VALE ON perdeu apenas 0,5%, em dia de avanço dos contratos futuros de minério de ferro na bolsa de Dalian, com o mercado em alta pela primeira vez em quatro sessões devido às expectativas de tarifas mais baixas dos EUA sobre produtos chineses. No setor, CSN MINERAÇÃO ON mostrou declínio de 2,16%.

- BRF ON valorizou-se 7,67%, apoiada por relatório de analistas do BTG Pactual, que elevaram o preço-alvo das ações para 20 reais, de 17 reais anteriormente, bem como avaliaram que a performance de curto prazo da companhia pode surpreender do lado positivo. Ainda assim, os analistas Thiago Duarte e Henrique Brustolin reiteraram recomendação 'neutra'.

- SUZANO ON caiu 2,92% e KLABIN perdeu 1,93%, em sessão de queda para ações atreladas a commodities na B3.

(Edição de André Romani)

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Fonte:
Reuters

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