Ministro determina que PF abra inquérito sobre site www.bolsonaro.com.br por críticas ao presidente

Publicado em 31/08/2022 17:01

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BRASÍLIA (Reuters) -O ministro da Justiça, Anderson Torres, determinou nesta quarta-feira à Polícia Federal que abra inquérito para apurar suposto ataque contra a honra do presidente Jair Bolsonaro pelo site https://www.bolsonaro.com.br, que postou uma série de informações e comentários críticos ao candidato à reeleição, afirmando que ele teria planos para subverter o poder.

"Diante de tamanho ataque direto e grosseiro ao presidente Jair Bolsonaro, por meio de um site, requisitei ao Diretor-Geral da PF a instauração imediata de inquérito policial, para a devida apuração dos fatos", disse Torres no Twitter, ao postar trecho de um ofício ao diretor-geral da Polícia Federal, Márcio Nunes, com a determinação.

Segundo a campanha de Bolsonaro, o site que pertencia à equipe do presidente foi alvo de um ataque hacker e já estão sendo tomadas providências para reavê-lo, disse uma fonte à Reuters, ao avaliar que seria um crime a compra de um domínio para atacar o presidente.

Uma pesquisa realizada pela Reuters na manhã desta quarta-feira no site Registro.BR, em que consta a relação de todos os domínios da internet, aponta que o endereço eletrônico www.bolsonaro.com.br, com as publicações contrárias ao presidente, está no nome de Gabriel Baggio Thomaz desde o início do ano, com validade até janeiro de 2023.

A busca feita pela reportagem apontou ainda que o conteúdo do site foi alterado este mês.

"Bolsonaro nunca escondeu que é autoritário. Em suas três décadas como político, ele sempre apoiou a violência, a estupidez, e a quebra da ordem democrática", descreve a página, em sua introdução, com uma foto com o presidente com um bigode semelhante ao de Adolf Hitler e fazendo uma saudação nazista.

O descuido do entorno de Bolsonaro --curiosamente tão atuante no meio virtual-- é alvo de vários comentários dos usuários na internet e nas redes sociais.

Não foi possível contatar Gabriel Baggio.

(Reportagem de Ricardo BritoEdição de Alexandre Caverni e Pedro Fonseca)

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Fonte:
Reuters

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