BCE eleva taxa de depósito para 1,5%, maior nível desde 2009
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FRANKFURT (Reuters) - O Banco Central Europeu aumentou as taxas de juros pela terceira reunião consecutiva nesta quinta-feira e sinalizou a intenção de começar a tirar dinheiro do sistema bancário para combater a inflação recorde.
O BCE vem desfazendo anos de estímulo agressivo em questão de meses diante do súbito aumento de preços - resultado dos custos mais altos de energia causados pela invasão russa da Ucrânia e a reabertura desigual da economia após a pandemia de Covid-19.
O banco central dos 19 países que compartilham o euro aumentou a taxa de juros que paga sobre os depósitos bancários em 0,75 ponto percentual, levando-a ao nível mais alto desde 2009, de 1,5%
"O Conselho do BCE tomou a decisão de hoje, e espera aumentar ainda mais as taxas de juros, para garantir o retorno oportuno da inflação para...2%", disse o BCE.
Mas o BCE repetiu seus planos de continuar reinvestindo os lucros dos 3,3 bilhões de euros em títulos que comprou sob seu Programa de Compra de Ativos (APP, na sigla em inglês) nos últimos oito anos, quando pensava que a inflação iria permanecer baixa.
"O Conselho do BCE pretende continuar reinvestindo, na totalidade, os pagamentos principais de títulos vencidos comprados sob o APP por um período de tempo prolongado", disse o BCE.
Finalmente, o BCE alterou os termos de suas Operações de Refinanciamento de Longo Prazo para incentivar os bancos a pagar esses empréstimos plurianuais antecipadamente.
Com a decisão desta quinta-feira, o BCE também aumentou a taxa de sua Principal Operação de Refinanciamento, um leilão semanal de dinheiro que os bancos mal conseguiram acessar durante anos, de 1,25% para 2,0%, enquanto a do Instrumento de Empréstimo Marginal passou de 1,5% para 2,25%.
(Reportagem de Francesco Canepa)
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