BCE promete corte "prudente" no balanço em meio a aumento dos riscos à estabilidade
![]()
FRANKFURT (Reuters) - Os riscos para a estabilidade financeira da zona do euro estão aumentando à medida que a economia se encaminha para uma provável recessão, portanto qualquer redução na carteira de títulos do Banco Central Europeu deve ser gradual para manter os mercados calmos, disse o vice-presidente do BCE, Luis de Guindos.
A alta dos custos de energia aumentou a probabilidade de uma recessão para 80% e um salto nas taxas de juros com o objetivo de domar o crescimento dos preços já está alimentando a volatilidade do mercado e os custos mais altos do serviço da dívida
"Os riscos para a estabilidade financeira na área do euro aumentaram em meio à alta dos preços da energia, à inflação elevada e ao baixo crescimento econômico", disse o BCE em uma Revisão da Estabilidade Financeira nesta quarta-feira. "Todas estas vulnerabilidades podem se desdobrar simultaneamente, potencialmente reforçando umas às outras."
Uma tensão potencial para os mercados será uma redução no Programa de Compra de Ativos do BCE de 3,3 bilhões de euros no próximo ano, mas de Guindos disse que qualquer corte provavelmente será gradual e "passivo", o que significa que alguns títulos poderão expirar mas nenhum será vendido.
"Minha opinião pessoal é que (o aperto quantitativo) tem que ser implementado com muita prudência", disse de Guindos à coletiva de imprensa
O setor bancário do bloco é geralmente considerado como resiliente, pois construiu capital ao longo dos anos e desfruta de um aumento da lucratividade devido ao aumento das taxas de juros.
Mas há potencial para problemas a longo prazo, uma vez que os desafios econômicos corroem a renda e isso pode limitar a capacidade dos tomadores de empréstimos de pagar a dívida.
0 comentário
Ibovespa fecha com alta discreta apoiado por Itaú e Bradesco em dia com vencimento de opções
Dólar fecha estável após leilões do BC, mas sobe 2,18% na semana
Congresso aprova Orçamento de 2026 com R$61 bi de emendas e superávit de R$34,5 bi
Brasil espera que acordo Mercosul-UE seja assinado o mais rápido possível, diz Alckmin
PF conclui que Bolsonaro precisa de cirurgia de hérnia
Taxas dos DIs caem na contramão dos Treasuries em dia de ajustes