Chanceler russo critica postura do Ocidente sobre órgão de segurança europeu
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(Reuters) - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse nesta quinta-feira que grandes problemas se acumularam na Organização para Segurança e Cooperação na Europa, acusando o Ocidente de rejeitar a chance de fazer da OSCE uma verdadeira ponte com a Rússia após a Guerra Fria.
Em uma coletiva de imprensa, Lavrov fez uma longa explanação das queixas históricas da Rússia contra o Ocidente, dizendo que a "ampliação imprudente" da Otan desvalorizou os princípios básicos da OSCE, de 57 nações, o principal órgão de supervisão da segurança e dos direitos na Europa.
"Aproveitando-se de sua superioridade numérica nesta organização, o Ocidente vem tentando há muitos anos, se quiserem, privatizá-la. Ou talvez seja mais correto dizer que está tentando realizar uma operação de aquisição da OSCE, para subjugar esta última plataforma para o diálogo regional", disse Lavrov.
A Polônia não concedeu vistos a uma delegação russa para participar de uma reunião de ministros das Relações Exteriores da OSCE em Lodz na quinta e sexta-feira, e disse que Moscou seria representada por seu delegado permanente na OSCE.
A Ucrânia também criticou a OSCE, dizendo que a Rússia deveria ser removida dela após a invasão. Kiev também se opôs ao título de um evento na reunião de Lodz que se referia a uma encruzilhada da OSCE.
"Eu ousei discordar do título. A OSCE está em uma estrada para o inferno porque a Rússia abusa de suas regras e princípios...", escreveu o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, no Twitter.
"Tudo foi tentado em relação à Rússia: agradar, apaziguar, ser legal, ser neutro, engajar, não chamar uma pá de pá. Conclusão: seria melhor para a OSCE continuar sem a Rússia."
Falando em Lodz, a subsecretária de Estado dos EUA, Victoria Nuland, disse que a Rússia "fracassou comprovadamente em quebrar a OSCE".
"Pelo contrário, esta organização, como a ONU, disse 'não' aos esforços de Moscou para dividi-la, paralisá-la, destruí-la", disse ela.
(Reportagem da Reuters)
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