Rui Costa reconhece "impacto evidente" de reajuste do salário mínimo
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Por Ricardo Brito e Lisandra Paraguassu e Bernardo Caram
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, reconheceu nesta sexta-feira um "impacto evidente" do reajuste do salário mínimo sobre as contas do governo e acusou, sem dar detalhes, o governo Bolsonaro de ter feito um represamento na concessão de aposentadorias.
Até o momento, o salário mínimo não foi corrigido para 1.320 reais, conforme promessa da nova gestão.
"Há um impacto evidente no tocante ao salário mínimo. (Houve) um represamento que foi feito das aposentadorias... foi liberado principalmente depois da eleição. Contingente grande", disse Costa em rápida entrevista coletiva após a primeira reunião ministerial do novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
"O que demonstra que o represamento não era de dificuldade administrativa, era uma estratégia... De conter pagamentos, já que se fosse dificuldade administrativa, não haveria como liberar um volume gigantesco", acrescentou. "Como foi liberado pós-eleição, então, nitidamente, fica em nossa opinião, caracterizado que a dificuldade não era de fluxo administrativo, e sim como uma estratégia de contenção de pagamentos", reforçou.
Costa disse ainda que o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, deve dar uma entrevista à imprensa ainda nesta sexta ou na segunda-feira para detalhar a questão do mínimo.
PROJETOS
O ministro da Casa Civil disse que até o final de janeiro o governo vai apresentar à população as prioridades da gestão.
A partir do início da próxima semana, acrescentou, a Casa Civil vai visitar cada um dos ministérios da Esplanada para receber de cada um dos ministros as sugestões de prioridades que podem e devem ser tratadas como metas dos 100 dias de governo.
Segundo Costa, a prioridade será de ações e atos concretos de retomadas de programas como o Minha Casa, Minha Vida, na educação e a conclusão ainda no primeiro semestre de obras em escolas e creches que estão paralisadas. Destacou que haverá uma hierarquia das com maior percentual de execução para as com menor.
O ministro disse ainda que, antes da viagem de Lula à Argentina, no dia 23, o presidente quer visitar dois Estados para inaugurar ou dar início a programas ou compromissos seus de governo.
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