Yellen adverte deputados dos EUA que calote da dívida pública geraria "colapso econômico"

Publicado em 10/03/2023 16:34 e atualizado em 10/03/2023 17:54

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Por David Lawder

 

 

WASHINGTON (Reuters) - A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, instou os membros da Câmara dos Deputados dos EUA nesta sexta-feira a aumentar o teto da dívida federal sem condicionalidades, alertando que um calote da dívida do país causaria um "colapso econômico e financeiro".

Yellen, em uma audiência no Comitê de Meios e Recursos da Câmara dos Deputados dos EUA, atualmente controlado por parlamentares republicanos, disse que deixar de aumentar o limite de empréstimos de 31,4 trilhões de dólares ameaçaria o progresso econômico que o país fez desde a pandemia de Covid-19.

"Na minha avaliação, e na de economistas em geral, um calote em nossa dívida desencadearia uma catástrofe econômica e financeira", afirmou Yellen. "Peço a todos os membros do Congresso que se reúnam para tratar do limite da dívida, sem condicionalidades e sem esperar até o último minuto."

Questionada sobre a possibilidade de ser dada prioridade aos pagamentos da dívida dos EUA na alocação dos recursos de caixa disponíveis, como alguns republicanos sugeriram, Yellen disse que "não é uma solução para a questão do teto da dívida".

"Priorizar é simplesmente não pagar todas as contas do governo no vencimento. Isso é algo que nunca fizemos desde 1789. E isso é apenas inadimplência com outro nome."

A única opção para evitar um incremento esmagador na taxa de juros após um calote seria se os Estados Unidos se comprometerem a pagar suas contas em dia, afirmou ela.

“Se não fizermos isso e pensarmos que há algum atalho que evite o caos econômico, estamos nos enganando, porque não pagar as contas do governo produzirá um colapso econômico e financeiro”, disse.

Alguns republicanos exigiram concessões de gastos do presidente norte-americano, Joe Biden, em troca de elevar o teto da dívida. Yellen se recusou a negociar o aumento, com o argumento de que se trata de cumprir as decisões de gastos anteriores do Congresso.

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Fonte:
Reuters

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