Ibovespa recua com Sabesp entre maiores quedas à espera do Copom
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Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa recuava nesta terça-feira, com agentes financeiros analisando notícias corporativas, entre elas o modelo de privatização da Sabesp e o balanço da Klabin, enquanto aguardam o desfecho da reunião de política monetária do Banco Central.
Às 11:02, o Ibovespa caía 0,47%, a 121.374,13 pontos. O volume financeiro somava 4,2 bilhões de reais.
Wall Street tinha o S&P 500 e o Nasdaq em queda, enquanto o Dow Jones avançava, tendo dados econômicos e resultados divergentes de empresas do setor farmacêutico no radar.
No Brasil, o mercado aguarda a decisão de política monetária do Comitê de Política Monetária (Copom) após o fechamento do mercado na quarta-feira, que, na visão da XP Investimentos, provavelmente marcará o início do ciclo de flexibilização.
"Reiteramos nossas expectativas de um corte de 0,25 p.p, porém o mercado segue dividido, com muitos esperando um corte de 0,50 p.p. amanhã", afirmaram em relatório a clientes. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano.
DESTAQUES
- SABESP ON recuava 3,39%, a 56,13 reais, quebrando uma série de sete altas, em que acumulou um avanço de quase 8%. Na véspera, após o fechamento, o governo de São Paulo anunciou que seguirá com o processo de privatização da companhia por meio de um modelo que envolverá um "follow-on" (oferta pública de ações) da empresa. COPEL PNB, que já está com seu processo de privatização em andamento, subia 3,35%.
- KLABIN UNIT avançava 0,91%, a 23,21 reais, apesar do lucro estável no segundo trimestre ano a ano e declínio na base trimestral, com queda de vendas e nos preços de celulose e papel.
- VALE ON cedia 0,94%, a 68,51 reais, tendo como pano de fundo um desempenho desigual dos futuros do minério de ferro na Ásia. O contrato mais negociado na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações diurnas com alta de 1%, enquanto o contrato de referência em Cingapura cedeu 0,8%, contrabalançando as últimas diretrizes das políticas de estímulo da China e com a persistência de preocupações com um excesso de oferta.
- PETROBRAS PN caía 0,84%, a 30,85 reais, em meio a ajustes após alta de 4,5% na véspera, com a queda dos preços do petróleo no exterior corroborando o ajuste. A petrolífera também divulga nesta semana resultado do segundo trimestre.
- BRADESCO PN mostrava declínio de -0,66%, a 16,55 reais, a poucos dias da divulgação do resultado do segundo trimestre. No setor, ITAÚ UNIBANCO PN, que apresentará seus números na próxima semana, perdia 0,68%.
- MINERVA ON valorizava-se 1,49%, a 10,24 reais, em sessão positiva para o setor de proteínas, com JBS ON em alta de 1,33% e MARFRIG ON avançando 1,21%.
- TIM ON cedia 0,91%, a 14,21 reais, mesmo após divulgar na noite da véspera um salto de 104% em seu lucro líquido normalizado do segundo trimestre, impulsionado pelos serviços de telefonia móvel. Em teleconferência com analistas, executivos da companhia ainda afirmaram ver "upside risks" para a performance da companhia.
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