Alemanha está em profunda crise econômica, diz grupo de lobby industrial
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Por Maria Martinez
BERLIM (Reuters) - A economia da Alemanha está em profunda crise, com o Produto Interno Bruto provavelmente contraindo 0,1% este ano, disse o grupo industrial BDI nesta terça-feira, colocando-a no caminho certo para três anos seguidos de contração pela primeira vez desde a reunificação do país, nos anos 1990.
Ao mesmo tempo, a zona do euro crescerá 1,1% e a economia global 3,2%, disse o BDI, indicando que a Alemanha continuará com um dos piores desempenhos econômicos da região.
"A situação é muito grave: o crescimento do setor industrial, em particular, sofreu uma ruptura estrutural", disse o presidente do BDI, Peter Leibinger.
O aumento da concorrência externa, os altos custos de energia, as taxas de juros ainda elevadas e as perspectivas econômicas incertas têm afetado a economia alemã, que sofreu uma contração por dois anos consecutivos.
Desacordos sobre como impulsionar a maior economia da Europa contribuíram para o fim da coalizão de governo, com a terrível situação econômica refletida na Volkswagen, que tem realizado cortes de custos acentuados para permanecer relevante.
A crise econômica é mais do que apenas uma consequência da pandemia e da invasão da Ucrânia pela Rússia, disse Leibinger.
Os problemas são domésticos e o resultado de uma fraqueza estrutural desde 2018 que os governos não conseguiram resolver, disse Leibinger.
"O investimento público em infraestrutura moderna, na transformação e na resiliência de nossa economia é urgentemente necessário", disse Leibinger, que também pediu uma redução na burocracia, preços de energia mais baixos e uma estratégia clara para fortalecer o cenário alemão de inovação e pesquisa.
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