Alta do IGP-M desacelera a 0,27% em janeiro, mas fica acima do esperado
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SÃO PAULO (Reuters) - O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) desacelerou menos do que o esperado por analistas em janeiro, em alta de 0,27%, depois de ter avançado 0,94% no mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira.
O dado veio acima da expectativa em pesquisa da Reuters com analistas de alta de 0,2%. Com o resultado do mês, o índice passou a acumular alta de 6,75% em 12 meses.
"Em janeiro de 2025, a inflação ao produtor desacelerou devido à queda nos preços da soja, do gado bovino e suíno", apontou André Braz, economista do FGV IBRE.
"No varejo, a inflação permaneceu contida, já que a alta dos alimentos foi compensada pela redução no preço da energia", completou.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, subiu 0,24% em janeiro, registrando forte desaceleração depois da alta de 1,21% no mês anterior.
No IPA, os destaques na desaceleração foram itens do estágio de Matérias-Primas Brutas, que tiveram baixa de 0,75% em janeiro, após subirem 2,35% em dezembro.
Os principais itens para o resultado do IPA foram soja em grão (-5,71% em janeiro, de -2,34% em dezembro), bovinos (-2,17% em janeiro, de +2,50% em dezembro) e suínos (-11,24% em janeiro, de +1,51% em dezembro).
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, acelerou ligeiramente e teve alta de 0,14% no período, depois de ter avançado 0,12% em dezembro, com aceleração em cinco das oito classes que compõem o número.
O grupo Alimentação apresentou alta de 1,31% em janeiro depois de subir 1,09% no mês anterior, com destaque para o subitem tomate (+20,33% em janeiro, de -5,18% em dezembro).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) também acelerou e passou a subir 0,71% em janeiro, de uma alta de 0,51% em dezembro.
O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
(Por Fernando Cardoso)
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