Aprovação de Trump cai para 43%, a mais baixa desde que voltou ao cargo, mostra pesquisa Reuters/Ipsos
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Por Jason Lange
WASHINGTON (Reuters) - O índice de aprovação do presidente dos EUA, Donald Trump, caiu para 43%, o mais baixo desde seu retorno ao cargo, à medida que os norte-americanos se mostravam descontentes com suas medidas tarifárias e com a forma como seu governo lidou com as informações sobre um ataque militar no Iêmen, mostrou uma pesquisa da Reuters/Ipsos.
A pesquisa de três dias, encerrada nesta quarta-feira, mostrou que a aprovação do desempenho de Trump como presidente caiu 2 pontos percentuais em relação a uma pesquisa realizada de 21 a 23 de março e 4 pontos abaixo dos 47% de aprovação que ele tinha logo após assumir o cargo em 20 de janeiro.
Trump registrou seu maior índice de aprovação no primeiro mandato, 49%, logo após assumir o cargo em janeiro de 2017. Seu índice mais baixo no primeiro mandato foi de 33% em dezembro de 2017. Sua aprovação geral continua mais forte do que na maior parte de seu primeiro mandato.
O democrata Joe Biden, antecessor de Trump na Casa Branca, teve seu índice mais baixo -- 35% -- pouco antes da eleição presidencial de novembro passado.
Os entrevistados deram notas baixas a Trump por sua maneira de lidar com a economia, que foi aprovada por 37%, e 30% aprovaram seu trabalho para lidar com o alto custo de vida, uma questão que também atormentou Biden.
Cerca de metade dos entrevistados -- 52% -- concordou com a afirmação de que o aumento das tarifas sobre automóveis e autopeças prejudicará pessoas relacionadas a elas, e aproximadamente a mesma parcela disse que o aumento das tarifas faria mais mal do que bem. Cerca de um terço dos norte-americanos -- em grande parte do Partido Republicano de Trump -- disse discordar das declarações de que as tarifas causariam danos.
Trump organizou um turbilhão de mudanças de políticas desde que assumiu o cargo, demitindo quase 200.000 funcionários federais e alterando normas diplomáticas dos EUA de longa data. Suas políticas tarifárias assustaram os investidores, levando a uma venda generalizada no mercado de ações em meio a preocupações de que elas poderiam desencadear uma recessão.
PREOCUPAÇÕES COM SITUAÇÃO DO SIGNAL
Os entrevistados também criticaram a maneira como o governo Trump lida com segredos militares, após a revelação, na semana passada, de que líderes seniores discutiram planos para um ataque a militantes no Iêmen no aplicativo de mensagens Signal, disponível comercialmente, e inadvertidamente compartilharam planos antecipados com um jornalista.
Cerca de 74% dos entrevistados na pesquisa Reuters/Ipsos -- incluindo 91% dos democratas e 55% dos republicanos -- disseram que foi imprudente discutir os planos de ataque dessa maneira, em comparação com 22% que disseram que foi um descuido inofensivo. Outros 70% concordaram com uma declaração de que Trump deveria aceitar a responsabilidade pelo assunto.
Apenas 34% dos entrevistados na pesquisa aprovaram a condução da política externa de Trump, abaixo dos 37% da pesquisa Reuters/Ipsos de 21 a 23 de março. Cerca de 48% dos entrevistados aprovaram a maneira como Trump tem lidado com a imigração.
A mais recente pesquisa Reuters/Ipsos, realizada online e em todo o país, entrevistou 1.486 adultos norte-americanos e tem uma margem de erro de cerca de 3 pontos percentuais.
1 comentário
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Henrique Afonso Schmitt blumenau - SC
Essa pesquisa foi "The flash". Não deu nem tempo de refletir sobre o assunto. Não que eu esteja a favor de tudo que eu li sobre Trump e o "tarifaço". Acho que ele meteu os pés pelas mãos. Mas esta pesquisa tão rápida revela mais sobre a imprensa do que sobre o governo Trump. A imprensa tradicional ainda quer ditar os rumos da humanidade segundo sua linha de pensamento.
Agora vcs não acreditam nem nas pesquisas americanas! E a terra é plana!
Sr. Maurício, se o senhor engole qualquer coisa que lê sem refletir sobre o conteúdo, o problema é seu...e nosso também, claro! Eu fico imaginando como você deve escolher em quem votar na hora de escolher um candidato a cargo público...
Eu não engulo qualquer coisa, por isso estou comentando! Se o Sr. quer saber como decido meu voto lá vai uma ideia: Não voto em quem já teve oportunidade de governar (não à reeleição); procuro saber o que faz na vida (onde trabalha, onde estudou, quais são seus valores), dentre outras coisa.