Putin não irá à cúpula do Brics no Brasil devido a mandado de prisão do TPI, diz assessor do Kremlin
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MOSCOU (Reuters) - O presidente russo, Vladimir Putin, não viajará para a cúpula do Brics no Brasil devido a um mandado de prisão pendente emitido contra ele pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), afirmou o assessor de política externa do Kremlin Yuri Ushakov nesta quarta-feira.
O TPI emitiu o mandado em 2023, pouco mais de um ano após a Rússia lançar sua guerra em larga escala contra a Ucrânia, acusando Putin do crime de guerra de deportar centenas de crianças da Ucrânia.
A Rússia nega as alegações de crimes de guerra e o Kremlin, que não assinou o tratado fundador do TPI, considera o mandado nulo.
Mas isso significa que Putin precisa avaliar o risco de ser preso se viajar para outro país signatário do tratado do TPI.
Em 2023, ele decidiu não viajar para um desses países, a África do Sul, para uma cúpula do Brics. Mas, no ano passado, ele foi recebido com tapete vermelho na Mongólia, mesmo esta sendo um Estado membro do TPI.
Ushakov afirmou que Putin participará por videoconferência da cúpula do Brics, que ocorrerá nos dias 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro.
"Isso se deve a certas dificuldades, no contexto da exigência do TPI. Nesse contexto, o governo brasileiro não conseguiu assumir uma posição clara que permitisse a participação do nosso presidente nesta reunião", disse Ushakov.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, viajará à cúpula para representar a Rússia. Segundo relatos da mídia, o presidente chinês, Xi Jinping, não comparecerá à cúpula.
(Reportagem de Vladimir Soldatkin)
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