Secretário-geral da Otan diz que Brasil, China e Índia podem ser duramente atingidos por sanções
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Por Patricia Zengerle e David Brunnstrom
WASHINGTON (Reuters) - O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, alertou nesta terça-feira que países como Brasil, China e Índia podem ser duramente atingidos por sanções secundárias se continuarem a fazer negócios com a Rússia.
Rutte fez o comentário em meio a uma reunião com senadores no Congresso dos Estados Unidos, um dia depois que o presidente Donald Trump anunciou novas armas para a Ucrânia e ameaçou com tarifas secundárias "mordazes" de 100% sobre os compradores de exportações russas, a menos que haja um acordo de paz em 50 dias.
"Meu incentivo a esses três países, particularmente, é, se você mora agora em Pequim, ou em Délhi, ou se você é o presidente do Brasil, talvez queira dar uma olhada nisso, porque isso pode atingi-lo com muita força", disse Rutte, que se reuniu com Trump na segunda-feira e concordou com as novos passos.
"Portanto, por favor, faça uma ligação telefônica para Vladimir Putin e diga a ele que ele precisa levar a sério as negociações de paz, pois, caso contrário, isso afetará o Brasil, a Índia e a China de forma maciça", acrescentou Rutte.
O senador republicano Thom Tillis elogiou Trump por anunciar a medida, mas disse que o prazo de 50 dias o "preocupa".
Ele afirmou estar preocupado que "Putin tente usar os 50 dias para vencer a guerra, ou para estar melhor posicionado para negociar um acordo de paz".
"Portanto, devemos olhar para a situação atual da Ucrânia e dizer que, não importa o que você faça nos próximos 50 dias, qualquer um de seus ganhos está fora de questão", acrescentou.
Rutte disse que a Europa tentará garantir que a Ucrânia esteja na melhor posição possível nas negociações de paz.
Ele declarou que, sob o acordo com Trump, os EUA agora forneceriam "maciçamente" à Ucrânia armas "não apenas de defesa aérea, mas também mísseis e munição pagos pelos europeus".
Perguntado se os mísseis de longo alcance para a Ucrânia estavam em discussão, Rutte disse: "É tanto defensivo quanto ofensivo. Portanto, há todos os tipos de armas, mas não discutimos em detalhes ontem com o presidente. Isso está realmente sendo trabalhado agora pelo Pentágono, pelo comandante supremo aliado na Europa, junto com os ucranianos".
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