Dólar tem leve baixa ante o real sob influência externa antes de dados de inflação nos EUA

Publicado em 23/10/2025 17:19

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Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) -O dólar encerrou a quinta-feira com leve baixa no Brasil, acompanhando o recuo da moeda ante outras divisas de países emergentes e exportadores de commodities, em um dia de alta forte do petróleo, mas a expectativa antes dos dados de inflação nos EUA, programados para sexta-feira, engessou os negócios.

O dólar à vista fechou em leve baixa de 0,22%, aos R$5,3857. No ano, a divisa acumula queda de 12,84%.

Às 17h03 na B3 o dólar para novembro cedia 0,31%, aos R$5,3970.

A moeda norte-americana oscilou em margens bastante estreitas no Brasil: após marcar a cotação máxima de R$5,4029 (+0,10%) às 9h01, logo após a abertura, ela atingiu a mínima de R$5,3783 (-0,36%) às 14h37. Da máxima para a mínima a variação foi de apenas 2 centavos de real.

Por trás disso está a cautela antes da divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA na sexta-feira, que pode redefinir as apostas para a decisão sobre juros do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve, na semana que vem.

"Se o CPI não vier mais forte amanhã e com corte de juros pelo Fomc na próxima quarta-feira, não seria surpresa o real voltar a subir e (o dólar) se aproximar de R$5,30 novamente", avaliou o diretor da consultoria Wagner Investimentos, José Faria Júnior, em comentário enviado a clientes pela manhã.

O dólar para novembro -- atualmente o mais líquido no mercado brasileiro -- refletia a cautela dos investidores antes do CPI, com apenas cerca de 149 mil contratos negociados até o fim da tarde desta quinta-feira, menos que o normal.

“O mercado está esperando pela divulgação do CPI, então segura operações, fechando somente o necessário”, comentou durante a tarde Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos.

Ainda assim, o viés negativo para o dólar ante outras divisas emergentes no exterior -- como o peso chileno, o rand sul-africano e o peso mexicano -- manteve a divisa em leve queda ante o real durante boa parte do dia.

O destaque no exterior era a disparada dos preços do petróleo, superior a 5%, após os Estados Unidos estabelecerem novas sanções a empresas russas em função da guerra na Ucrânia. Às 17h05, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,03%, a 98,960.

Já o noticiário local não afetou de forma decisiva as cotações. Pela manhã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou que disputará a reeleição em 2026, enquanto o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reforçou a postura dura da instituição em relação à política monetária.

(Edição de Isabel Versiani)

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Fonte:
Reuters

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