UE e China criam canal especial para garantir fornecimento de terras raras, diz comissário

Publicado em 05/11/2025 14:27 e atualizado em 05/11/2025 15:17

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(Reuters) - A União Europeia estabeleceu um "canal especial" de comunicação com as autoridades chinesas para garantir o fluxo de materiais de terras raras vitais para as indústrias da UE, disse o comissário de Comércio da UE, Maros Sefcovic, nesta quarta-feira.

A medida segue-se a à adoção de controles de exportação da China sobre terras raras, que levantaram preocupações na Europa sobre possíveis problemas na produção de veículos elétricos, turbinas eólicas e outras tecnologias que dependem de ímãs permanentes.

Posteriormente, uma série de acordos com a Europa e os Estados Unidos aliviou a crise de fornecimento, enquanto a União Europeia, os EUA e outros países também estão correndo para criar alternativas à cadeia de fornecimento de terras raras da China.

Sefcovic disse que discutiu várias vezes a questão diretamente com o ministro do Comércio chinês, Wang Wentao, enfatizando que procedimentos de exportação mal administrados podem ter um "impacto muito negativo sobre a produção e a manufatura na UE".

Sefcovic falou no Kuweit, onde participou do Fórum de Negócios 2025 GCC-UE, em resposta a uma pergunta da Reuters.

Bruxelas e Pequim concordaram em dar prioridade aos pedidos de empresas europeias e, por meio do novo canal, as autoridades de ambos os lados estão trabalhando juntas para analisar e acelerar as permissões de exportação de materiais de terras raras, disse ele.

De acordo com Sefcovic, as empresas europeias apresentaram cerca de 2.000 solicitações às autoridades chinesas desde que os controles entraram em vigor, sendo que pouco mais da metade já foi aprovada.

Ele disse que Bruxelas continua a pressionar Pequim para que o processamento dos casos restantes seja mais rápido, ao mesmo tempo em que trabalha para diversificar o fornecimento por meio do desenvolvimento de novas fontes na Europa, incluindo a produção de terras raras e ímãs na Estônia.

(Reportagem de Ahmed Hagagy)

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Fonte:
Reuters

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