Índices de ações caem na Europa com foco nos próximos dados dos EUA
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Por Johann M Cherian e Sukriti Gupta
(Reuters) - Os índices de ações da Europa fecharam em baixa nesta quinta-feira, com os investidores voltando sua atenção para dados econômicos cruciais dos Estados Unidos após o fim da paralisação do governo mais longa no país, enquanto a ação da Siemens caiu depois da divulgação de resultados abaixo do esperado.
O índice pan-europeu STOXX 600 encerrou em queda de 0,6%, aos 580,67 pontos. Mais cedo, havia atingido uma máxima histórica intradia. O índice DAX da Alemanha caiu 1,4%, enquanto o índice FTSE 100 do Reino Unido recuou 1,1%.
"Basicamente, é um caso de 'compre o boato, venda o fato'. Agora que a paralisação do governo, a mais longa da história dos EUA, terminou, as pessoas estão realizando lucros", disse Axel Rudolph, analista técnico sênior do IG Group.
Na noite de quarta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, sancionou uma lei para encerrar a paralisação do governo, abrindo caminho para que as agências federais retomem a coleta de dados cruciais para a formulação de políticas.
O relatório de empregos de setembro provavelmente será o primeiro a ser divulgado nos próximos dias. Após pesquisas privadas apontarem fragilidades no mercado de trabalho, os investidores esperam um corte iminente na taxa de juros pelo Federal Reserve.
"Existe a possibilidade de que alguns (dos dados) não sejam divulgados", disse Kyle Rodda, analista sênior de mercado financeiro da Capital.com.
"Isso pode prolongar a incerteza para além da retomada dos serviços governamentais, com os mercados e os formuladores de políticas, se não agindo às cegas, pelo menos com a visão limitada em relação à próxima decisão do Fed."
O otimismo em relação ao fim iminente da paralisação ajudou o índice STOXX a atingir recordes históricos recentemente.
Nesta quinta-feira, as ações da Siemens despencaram após perspectivas decepcionantes. Os papéis da empresa caíram 9,4%, já que a revisão para cima da previsão de crescimento de vendas a médio prazo não conseguiu tranquilizar os investidores, em meio à realização de ganhos recentes e à decepção com as perspectivas de lucro para o próximo ano.
Já a empresa de investimentos 3i Group caiu 17,4%, em seu pior dia da história, após afirmar que estava cautelosa na alocação de capital para novos investimentos.
As ações da gestora de ativos italiana Azimut despencaram 10,1% após a divulgação de que uma inspeção do Banco da Itália havia constatado "deficiências significativas de governança e organização" em uma de suas unidades.
Outro destaque foi a farmacêutica dinamarquesa Alk-Abello, com alta de 11,5% nas ações, depois que a empresa especializada em alergias elevou sua previsão anual.
Na Alemanha, a empresa de saúde Merck subiu 4,9% após divulgar um leve aumento nos lucros operacionais do terceiro trimestre, superando as expectativas do mercado.
O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 0,61%, a 580,67 pontos.
Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 1,05%, a 9.807,68 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 1,39%, a 24.041,62 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,11%, a 8.232,49 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,08%, a 44.755,36 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,23%, a 16.577,40 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,26%, a 8.315,49 pontos.
(Reportagem de Johann M Cherian e Sukriti Gupta em Bengaluru)
((Tradução Redação São Paulo))
REUTERS FDC
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