Obama pede para chineses flexibilizarem o yuan
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu nesta quinta-feira aos chineses que permitam uma maior flexibilização da cotação do yuan.
"Se a China se mover em direção a um tipo de câmbio mais de acordo com os mercados representaria uma contribuição essencial aos esforços globais para reequilibrar a economia", disse Obama no discurso onde apresentou uma plano para dobrar as exportações americanas em cinco anos.
O presidente americano mencionou essa meta comercial pela primeira vez no discurso de Estado da União, em janeiro. Porém, para cumpri-la, será fundamental a "contribuição" chinesa em relação ao seu câmbio.
Com o yuan desvalorizado, a China consegue manter a competitividade dos exportadores do país. Porém, os demais países --em especial os EUA e os membros da União Europeia-- dizem que a manutenção dessa política de câmbio pelos chineses distorce o comércio global.
No mês passado, Obama já havia dito que previa "negociações muito duras" neste ano com a China em relação ao yuan.
Apesar das reclamações, a China mantém sua moeda fixa em relação ao dólar desde julho de 2008.
Para conseguir bater a meta de dobrar as exportações, os americanos terão que fazer suas vendas externas terem um crescimento de aproximadamente 15% ao ano. Seria mais do que o dobro dos 6% previstos pela OMC (Organização Mundial do Comércio) para o crescimento do comércio exterior em todo o mundo.