Bovespa fecha em queda de 1,12%, abaixo dos 71 mil pontos

Publicado em 12/04/2010 18:27

Os mercados tiveram reação bastante morna ao mecanismo de ajuda financeira acertado entre a UE e o FMI para a Grécia. Enquanto as Bolsas americanas e europeias valorizaram de maneira bastante modesta, enquanto a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) permaneceu em terreno negativo na maior parte do pregão desta segunda-feira.

O Ibovespa, principal termômetro dos negócios da Bolsa paulista, retraiu 1,12% no fechamento, aos 70.614 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,86 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones (Bolsa de Nova York) subiu apenas 0,08% no encerramento dos negócios. Na Europa, o índice FTSE, da Bolsa londrina, teve alta de 0,11%.

O dólar comercial foi vendido por R$ 1,759, a menor cotação desde 12 de janeiro. A taxa de risco-país marca 180 pontos, número 2,86% acima da pontuação anterior.

Ontem, a comunidade europeia acertou detalhes de um plano que dispõe de um montante de 45 bilhões de euros (aproximadamente US$ 61 bilhões) para o país mediterrâneo, cifra que já inclui recursos de 15 bilhões de euro do Fundo. A Grécia sinalizou que, por enquanto, não deve pedir recursos desse "pacote" internacional.

A reação dos analistas do setor financeiro foi pouco entusiasmada. "Estes recursos são suficientes? Difícil dizer isso agora. Quando se trata de confiança nem sempre dinheiro é suficiente. É preciso de muito mais do que isso para restabelecer esse delicado equilíbrio entre expectativas e fluxos", comentou a equipe de analistas da Gradual Investimentos, em relatório sobre a iniciativa europeia.

Para os profissionais da corretora, no curto prazo os recursos disponíveis podem ajudar o país mediterrâneo, mas no médio prazo as dúvidas ainda persistem. "O aperto fiscal será doloroso e trará convulsão social no país. Administrar isso será penoso".

Entre as principais notícias do dia, o boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, mostrou que a maioria dos economistas do setor financeiro revisou para cima suas projeções para a inflação. Trata-se da 12ª semana consecutiva de alta das expectativas. Desta vez, a mediana das estimativas aponta um IPCA de 5,29% em 2010.

A FGV registrou inflação de 0,27% em abril, pela leitura do IGP-M, ainda em sua primeira estimativa. Um mês antes, o mesmo índice teve alta de 0,95%.

A agenda econômica externa foi pouco movimentada. Após o encerramento das operações, os investidores aguardam os resultados da gigante do alumínio Alcoa, que abre a temporada de balanços (primeiro trimestre de 2010) nos EUA. Os balanços da Intel, JP Morgan, Chase, Bank of America, Google e General Eletric estão previstos para os próximos dias.

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Fonte:
Folha Online

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