Em dia de tensão mundial, dólar fecha a R$ 1,83 e Bovespa cai 2,11%

Publicado em 19/05/2010 17:14

A taxa de câmbio brasileira sobe há cinco dias consecutivos, influenciada pela aversão dos agentes financeiros ao risco, num momento de nervosismo extremo sobre a situação na Europa. As principais Bolsas de Valores desvalorizaram, da Ásia ao continente americano, com investidores se desfazendo de ações correndo para a moeda americana. O euro, que ontem chegou a afundar para US$ 1,21, mostrou alguma reação e voltou para US$ 1,23.

As estatísticas do Bovespa refletem esse nervosismo do investidor: os estrangeiros já tiraram R$ 1,45 bilhão do mercado brasileiro de ações, em pouco mais de 15 dias neste mês.

Os preços da moeda americana chegaram a atingir R$ 1,86 no decorrer do dia, recuando para R$ 1,838 no encerramento das operações, ainda 0,87% mais alto que o fechamento de ontem. Desde o dia 12 (quando a cotação caiu pela última vez) a taxa cambial já valorizou 3,6%.

Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo também subiu (1,56%), sendo cotado por R$ 1,950.

Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) sofre queda de 2,11%, aos 59.600 pontos. O giro financeiro é de R$ 8 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York cai 0,28%.

O nervosismo dos agentes financeiros passa incólume até mesmo pelas notícias positivas do dia. O Banco Central americano elevou suas projeções para o crescimento dos EUA neste ano, que pode chegar a 3,7%.

No front doméstico, o BC brasileiro registrou a entrada de US$ 2,7 bilhões no mês de maio (primeira quinzena) no país (já descontadas as saídas), acima dos US$ 2 bilhões contabilizados no mesmo período em 2009.

Juros futuros

No mercado futuro da BM&F, que serve de referência para os juros bancários, as taxas projetadas recuaram nos contratos mais negociados.

No contrato que aponta os juros para outubro de 2010, a taxa prevista retraiu de 10,55% ao ano para 10,52%; no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada passou de 11,02% para 10,97%. E no contrato de janeiro de 2012, a taxa negociada cedeu de 12,21% para 12,16%. Esses números são preliminares e podem sofrer ajustes.

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Fonte:
Folha Online

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