Dólar fecha a R$ 1,86; Bovespa sobe quase 3%

Publicado em 21/05/2010 16:50

A moeda americana chegou a ser negociada por R$ 1,90 durante as operações desta sexta-feira, um preço não visto desde o início de setembro. A tensão na zona do euro alimentou uma onda de operações especulativas que pressionaram duramente a taxa de câmbio brasileira ao longo dos últimos seis dias úteis.

Os agentes financeiros, no entanto, não sustentaram essa cotação e o preço do dólar recuou até R$ 1,861, mesma cotação do fechamento de quinta-feira. Em um sinal do nervosismo que se abateu sobre os mercados particularmente nesses dias, entre a sexta-feira passada e hoje o dólar comercial valorizou 3,16%.

Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) tem ganho de 2,96%, aos 59.915 pontos. O giro financeiro é de R$ 5,74 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York tem leve baixa de 0,01%.

Os agentes financeiros estressaram ao longo de toda a semana, num ambiente de incertezas e dúvidas sobre a capacidade da Europa em fazer a uma crise dos deficits em suas economias mais problemáticas.

Analistas temem que as medidas para combater os rombos das contas públicas retardem a recuperação da União Europeia, com repercussões no restante da economia mundial. O pessimismo sobre os desdobramentos dessa crise foram potencializados nos últimos dias, com a iniciativa da Alemanha para conter operações especulativas. O mercado reagiu mal e a corrida para o dólar se exacerbou.

Profissionais de mercado acusaram, no entanto, um forte movimento especulativo nos negócios domésticos, que afetaram fortemente a formação dos preços, num momento de relativa retração do giro financeiro. Quando o fluxo fica mais baixo, operações de menor monta podem afetar mais violentamente o rumo das taxas de câmbio.

Na próxima semana, alguns analistas avaliam que o preço da moeda americana pode sofrer novos ajustes.

"A queda vai se consumar na medida em que for quebrado o 'fator psicológico' que está sendo conduzido para o mercado interno brasileiro com fundamentos frágeis, porém maximizados, das tensões na eurozona (...) E este momento pode estar muito próximo, pois há movimentos na Europa e nos Estados Unidos que tendem a atingir mais duramente os movimentos especulativos", avalia Sidnei Nehme, diretor da corretora de câmbio NGO, em seu comentário diário sobre o dólar.

Juros futuros

No mercado futuro da BM&F, que serve de referência para os juros bancários, as taxas projetadas retraíram mais uma vez.

No contrato que aponta os juros para outubro de 2010, a taxa prevista caiu de 10,52% ao ano para 10,50%; no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada cedeu de 10,94% para 10,93%. E no contrato de janeiro de 2012, a taxa negociada passou de 12,04% para 12,01%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.

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Fonte:
Folha Online

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