Dólar volta a R$ 1,70 no fechamento; Bovespa cede 1,57%

Publicado em 21/10/2010 15:58

Depois de três semanas, a taxa de câmbio brasileiro voltou a encerrar os negócios no patamar de R$ 1,70. à medida em que governo acumula iniciativas para conter a desvalorização cambial, crescem as expectativas de que mais novidades podem vir com o fim do calendário eleitoral.

Hoje, o dólar chegou a bater a cotação mínima de R$ 1,673, mas encerrou o dia na faixa mais alta de preços, em R$ 1,701, o que representa um aumento de 1,55% sobre a taxa final de ontem. A forte alta de hoje pode ser interpretada como um efeito acumulado das medidas oficiais já anunciadas.

Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi negociado por R$ 1,810 para venda e por R$ 1,640 para compra.

Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) sofre perdas de 1,57%, aos 69.301 pontos. O giro financeiro é de R$ 5,56 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York recua 0,13%.

Ontem à noite, a autoridade monetária baixou novas medidas no sentido de restringir a especulação com as taxas de câmbio. Após subir o IOF cobrado sobre as margens de segurança (depósitos) exigidos em operações com derivativos feitas por estrangeiros, o BC baixou medidas para "tampar as brechas" que permitiriam a investidores não-residentes escapar da alíquota mais alta do imposto.

Questionado por jornalistas, o ministro Guido Mantega (Fazenda) negou que novas medidas estejam em estudo.

E hoje, o presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, afirmou que já teve um sinalização do governo no sentido de que não deve mexer no IOF sobre aplicações em renda variável por estrangeiros. "Já houve uma manifestação do ministro [da Fazenda, Guido Mantega] comigo mesmo que a questão estava mais nos [mercados] futuros", afirmou.

Essa possibilidade era um dos muitos rumores que circulavam nas mesas de operações de bancos e corretoras, quando começaram a sair as primeiras medidas contra a desvalorização cambial.

"Se continuar esse fluxo bastante positivo de recursos para o exterior, certamente o governo vai ter que tomar medidas muito mais drásticas do que vem anunciando", comenta Felipe Pellegrini, gerente da mesa de operações do banco Confidence. "Essas medidas [já anunciadas] são pontuais e podem fazer algum efeito, mas se o investidor externo fizer as contas, ainda está ganhando [se aplicar recursos no país]", acrescenta.

JUROS FUTUROS

No mercado futuro de juros, que serve de referência para o custo dos empréstimos nos bancos, as taxas projetadas avançaram nos contratos mais negociados.

Ontem à noite, o Banco Central confirmou as expectativas e manteve a taxa básica de juros do país em 10,75% ao ano. Com apenas mais uma reunião marcada para dezembro, analistas não acreditam que a autoridade monetária deve mexer nos juros neste ano.

No contrato para janeiro de 2011, a taxa projetada foi mantida em 10,64% ao ano; para janeiro de 2012, a taxa prevista subiu de 11,27% para 11,34%. E no contrato para janeiro de 2013, a taxa projetada passou de 11,66% para 11,78%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.

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Fonte:
Folha Online

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