Bovespa acentua desvalorização, à beira de perder os 72 mil pontos; dólar atinge R$ 1,70

Publicado em 09/11/2010 15:08

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) acentua perdas na rodada de negócios desta terça-feira, contrariando as expectativas de uma recuperação modesta. Analistas ressalvam a cautela do mercado diante de dois eventos fundamentais nesta semana: a reunião do G20 e os indicadores da economia chinesa.

O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, perde 0,67%, aos 72.173 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,94 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, recua 0,32%.

O dólar comercial é cotado por R$ 1,701, em alta de 0,11%. A taxa de risco-país marca 173 pontos, número 2,25% abaixo da pontuação anterior.

O índice oficial de preços, o IPCA, é o maior destaque da agenda econômica doméstica de hoje. O mercado projetava uma variação de 0,70% para o mês de outubro, ante 0,45% em setembro, a maior taxa desde abril (0,57%). Segundo o IBGE, a inflação foi de 0,75% no mês passado. É a maior taxa desde fevereiro passado (0,78%) e a mais elevada para meses de outubro desde 2002, quando havia sido de 1,31%.

No front externo, o ONS (Escritório Nacional de Estatísticas) informou que o deficit comercial britânico teve leve queda em setembro na comparação com agosto, a 8,2 bilhões de libras (US$ 13,2 bilhões).

No front externo, o governo chinês anunciou a adoção de medidas para conter o fluxo de capital estrangeiro, no que foi interpretado como uma reação de Pequim ao plano do banco central americano para injetar US$ 600 bilhões na economia local.

Muitos acreditam que parte desses recursos deve ser canalizada para economias emergentes. Analistas interpretaram a medida como uma sinalização de que Pequim está disposto a elevar os juros básicos do país antes do que muitos previam.

O Departamento de Comércio dos EUA anunciou que o nível de estoques do setor atacadista subiu pelo nono mês consecutivo em setembro, com uma variação de 1,5%, acima das expectativas do mercado financeiro (0,7%).

E a Grécia conseguiu captar US$ 544 milhões no mercado financeiro, por meio da emissão de títulos do governo, numa demanda que superou as expectativas. Os juros pagos aos investidores (4,82%), porém, ficaram acima da emissão anterior (4,54%).

Economistas estão preocupados com os países europeus com finanças fragilizadas, como a nação mediterrânea, já que na semana que vem há o vencimento de dívidas em montante expressivo.

Investidores e analistas também devem nesta monitorar nesta semana a reunião de cúpula do G20 (grupo dos países mais ricos), na quinta e na sexta-feira, à espera de uma solução conjunta para a chamada "guerra cambial". E na madrugada de quinta-feira, o governo chinês revela os números da produção industrial, vendas do varejo e inflação, na madrugada de quinta.

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Fonte:
Folha Online

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