Desvalorização do dólar gera perdas a Mato Grosso
A desvalorização do dólar frente ao real gerou perdas de R$ 507,082 milhões a Mato Grosso em 2010 decorrentes das exportações. No ano passado as vendas externas somaram R$ 14,282 bilhões com dólar cotado a R$ 1,69, contra R$ 14,747 bilhões movimentados no ano anterior, quando a moeda americana estava em R$ 1,75. O complexo soja foi o segmento mais impactado, com uma redução de 17% no valor negociado.
As demais commodities, como carnes, milho e algodão, não registraram perdas devido ao incremento no volume de produtos comercializados. Se por um lado a agropecuária sofre com a valorização do real, outros segmentos são bastante beneficiados, como o turismo, já que os brasileiros aproveitam para embarcar rumo a outros países. Para exemplificar, as vendas de passagens e pacotes internacionais aumentaram até 30% em 2010.
Em um estudo elaborado pelo consultor econômico do Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Carlos Vitor Timo, a comercialização do complexo soja, por exemplo, teve um prejuízo, em 2010, de R$ 1,83 bilhão em virtude da valorização da moeda brasileira. O diretor da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Marcelo Duarte, explica que além do prejuízo existente porque a comercialização é feita na moeda estrangeira, a valorização do real aumenta os custos, que são em dólar. "Por exemplo, se o frete custar R$ 215, com o dólar por R$ 1,75, o custo é de US$ 122, com a moeda por R$ 1,67, o gasto será de US$ 127", afirma ao comentar que o custo de produção no Brasil aumenta com a situação.
O diretor da Fiemt, Gustavo de Oliveira, explica que Mato Grosso tem a produção ligada diretamente à exportação e que com o dólar em baixa, as indústrias recebem menos na hora de fazer a conversão das moedas e com isso têm dificuldades para pagar as contas internas.
Em contrapartida, as agências de turismo comemoram o aumento da demanda por roteiros internacionais. Na Ametur Turismo o crescimento entre 2009 e 2010 variou entre 20% e 30%, principalmente para os destinos mais baratos na América do Sul. Segundo o agente de viagens Ricardo Aidamus Arruda, a procura aumentou muito para Buenos Aires, que é mais em conta, mas que a queda do dólar também influenciou as vendas para cidades norte-americanas como Nova Iorque, Miami e para países como Itália e Espanha.
Na Voe Mais Tur, a agente Priscila Siqueira também percebeu a evolução. A empresa está há 7 meses no mercado, e segundo ela se as vendas forem comparadas às de outras agências em 2009, houve incremento de 30%. "As pessoas estão aproveitando a redução do dólar, até que porque alguns destinos ficam mais baratos do que viajar no Brasil". A média de gastos com passagens e hospedagem é de R$ 1,5 mil a R$ 2 mil dólares, resume Priscila.
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