Commodities puxam superávit da balança
Nos dois primeiros meses de 2011, o saldo comercial positivo somou US$ 1,62 bilhão, com crescimento de 672% frente ao mesmo patamar do ano passado, quando o superávit da balança comercial somou US$ 210 milhões. "O ano começou bem em termos de balança comercial", afirmou o secretário-executivo-adjunto do Ministério do Desenvolvimento, Ricardo Schaefer.
Preço das 'commodities'
Segundo o secretário-executivo-adjunto do MDIC, o preço das "commodities" tem "ajudado e tem crescido" neste ano.
O Ministério do Desenvolvimento não soube dizer qual foi o crescimento do preço das "commodities" no primeiro bimestre deste ano. Em fevereiro deste ano, contra igual mês do ano passado, informou que o crescimento no preço do minério de ferro foi de 136%, e, do petróleo em bruto, de 21%.
De acordo com o secretário, "não dá para dizer que é ruim que a gente continue exportando, e a nossa balança comercial tenha um desempenho superior em termos de venda de básicos".
"A nossa meta e objetivo e agregar valor [e vender produtos manufaturados]. Estaríamos muito mais preocupado se víssemos que os básicos aumentaram e os industrializados caíram", acrescentou Schaefer.
Produtos básicos
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, as vendas ao exterior de produtos básicos somaram US$ 14 bilhões nos dois primeiros meses deste ano, contra US$ 8,83 bilhões em igual período do ano passado, com forte crescimento de 47,5% - ou de US$ 5,21 bilhões.
Com isso, a participação dos produtos básicos na pauta de exportações brasileira avançou de 37,6%, no primeiro bimestre de 2010, para 44% de todas as vendas ao exterior em igual período deste ano.
Industrializados
No caso dos produtos industrializados (semimanufaturados e manufaturados), as exportações somaram US$ 17,1 bilhões nos dois primeiros meses de 2011, contra US$ 14 bilhões em igual período do ano passado, um aumento de 13,5% - ou de US$ 3,15 bilhões.
Com esse crescimento menor das vendas de produtos industrializados, a sua participação na pauta do comércio exterior recuou de 59,7%, nos dois primeiros meses do ano passado, para 53,8% em igual período deste ano.