China busca áreas de cultivo no Brasil

Publicado em 15/03/2011 10:40
O principal grupo agrícola da China, Heilongjiang Beidahuang Nongken Group, anunciou nesta segunda-feira que adquirirá ou arrendará 200 mil hectares de cultivo em países latino-americanos como o Brasil, assim como em Rússia, Filipinas, Austrália e Zimbábue, informou o jornal oficial "China Daily".

O presidente do grupo, Sui Fengfu, afirmou à publicação que as aquisições serão feitas ao longo deste ano.

A empresa estatal investiu mais de US$ 38 milhões entre 2005 e 2010 em uma expansão global cuja estratégia varia de acordo com cada país-alvo, explicou Sui.

"Na Venezuela e no Zimbábue, o grupo fornecerá principalmente maquinaria e mão de obra, e em troca ficará com 20% da colheita", disse.

"Na Austrália, normalmente adquirimos terra de cultivo local. Já no Brasil e na Argentina, o modelo de negócio envolve o arrendamento das terras", acrescentou.

A China, país de maior população de todo o planeta, com 1,34 bilhão de habitantes, sofre um déficit agrícola que levou as autoridades a buscarem áreas de cultivo fora do território chinês.

"Países como os da América Latina, por exemplo, têm terrenos cultiváveis e necessitam de nossa tecnologia e investimento. Nossas companhias são bem-vindas por lá, é uma solução que faz as duas partes saírem ganhando", afirmou Wang Yunkun, subdiretor do Comitê Agrícola do legislativo chinês.

O "China Daily" também destacou que alguns países, como a Argentina, restringem suas exportações, enquanto o Brasil adotou normas em 2010 que limitam o investimento estrangeiro em agricultura.
Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Uol

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

1 comentário

  • Flavio Schirmann Formigueiro - RS

    Só que no Brasil os chineses vão ter que cuidar do meio ambiente ( em vez de poluir como fazem em seu país), não vão poder usar mão-de-obra escrava ou semelhante a escravidão (como fazem na China), vão ter que pagar sobretaxa no Gligosato que importarem de seu país, vão ter que usar produtos com registro no MA e não piratas, sofrer as adversidades climáticas e ainda por cima vão ter que escoar a produção por estradas intrafegáveis e pagar taxas portuárias descabidas...ACHO QUE ELES NÃO SÃO LOUCOS E VÃO DEIXAR PARA OS BRASILEIRINHOS MESMO ESTE "CALVÁRIO"...

    0