G7 fará reunião para avaliar impacto de terremoto na economia

Publicado em 17/03/2011 08:18
O Grupo dos Sete, que reúne as principais economias do mundo, vai realizar uma reunião de emergência por teleconferência para avaliar o impacto econômico e financeiro do terremoto devastador que atingiu o Japão no último dia 11, informou nesta quinta-feira a agência de notícias Kyodo.

“Vou explicar (aos outros integrantes) o impacto do terremoto na economia japonesa, bem como os desenvolvimentos nos mercados financeiros e a resposta dada pelo governo do Japão”, disse o ministro das Finanças, Yoshihiko Noda, na quinta-feira.

A reunião acontecerá a partir das 7h30 da sexta-feira (19), no horário japonês e tem o objetivo de avaliar a valorização do iene frente ao dólar além de outras consequências para os mercados financeiros.

Operação com helicópteros não reduz radioatividade em Fukushima

As forças de segurança japonesa continuam lutando para resfriar o combustível nuclear em dois reatores da central de Fukushima, mas as medidas não reduziram o nível de radioatividade em torno da usina, segundo informações da Tepco (Tokyo Electric Power), empresa que administra a central. Além disso, a pressão no reator 3, que tem plutônio e urânio em sua combinação de combustíveis, voltou a subir.

Helicópteros da Marinha japonesa despejaram um grande volume de água nesta quinta-feira sobre os reatores 3 e 4, os mais comprometidos. Os aparelhos, do tipo CH-47 Chinook, sobrevoaram a central e jogaram, em quatro passadas, 7.500 litros de água sobre os reatores 3 e 4 de Fukushima. O nível de radioatividade em torno da usina, porém, permaneceu inalterado.

A medida tem a evitar que o combustível nuclear, especialmente no reator 4, fique exposto e provoque um acidente ainda maior.

Barras de combustível usadas, que continuam desprendendo muito calor, estão em uma piscina situada na parte superior do reator 4, que estava em manutenção no momento do tsunami de sexta-feira passada.

O reator 3 também foi danificado por uma explosão de hidrogênio na segunda-feira, com possível violação do vaso de confinamento.

Uma tentativa precedente de utilizar helicópteros para jogar água nos reatores tinha sido abortada na quarta-feira devido aos altos níveis de radiação sobre Fukushima 1.

As autoridades também preparam um caminhão tanque com canhão d’água para resfriar o reator 4, onde há maior risco de exposição do combustível nuclear.

Em outra frente, a Tepco, operadora de Fukushima, "concentra seus esforços" em restaurar o fornecimento de energia para reativar as bombas d’água dos sistemas de resfriamento dos reatores.

Segundo a agência nuclear japonesa, a energia pode ser parcialmente restabelecida em Fukushima 1 por volta do meio-dia (local).

A crise nuclear no Japão teve origem no corte de energia após o tsunami de sexta-feira passada, que paralisou, inclusive, os geradores de emergência da usina de Fukushima 1, derrubando o sistema de refrigeração dos reatores atômicos.

A queda no sistema de resfriamento provocou a evaporação da água e o risco de exposição do material radioativo nos reatores, onde já ocorreram quatro explosões de hidrogênio e dois incêndios, em meio a crescentes níveis de radiação.

A Tepco está reparando as linhas de energia da Tohoku Electric Power Co., que abastecem a região, para ligá-las ao sistema de transmissão elétrica em Fukushima.

"Com o trabalho completo, teremos a capacidade de ativar várias bombas elétricas e jogar água nos reatores e nas piscinas de combustível nuclear usado", destacou um porta-voz da Tepco.

No momento, cerca de 70 homens utilizam bombas de baixa capacidade para atacar o incêndio e resfriar os reatores de Fukushima, com eletricidade de caminhões geradores.

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Fonte:
Uol

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