Produtores rurais contribuem para melhorar serviços de segurança em Minas Gerais

Publicado em 29/03/2011 10:26
Projeto Campo Seguro conta com investimento feito através de doações à patrulha rural.
O aumento da violência no campo está mobilizando os produtores de Uberaba (MG) a contribuírem com doações e leilões para manutenção da patrulha rural, criada em 2002 para garantir maior segurança aos moradores da zona rural. Desde 2007 existe um conselho de segurança que ajuda na manutenção das equipes coordenadas pela policia militar que percorrem o interior do município.  

As equipes que fazem o patrulhamento rural são treinadas para uma abordagem diferente. No projeto Campo Seguro, em Uberaba, o trabalho tenta aproximar a polícia das pessoas que fazem parte das comunidades do interior. As visitas vão criando um ambiente de confiança.  São quatro mil propriedades rurais em 11 setores.

– Quando a Polícia Militar é chamada para atender a ocorrência, a suplementação da carência do conhecimento da área rural com GPS facilita a localização de todos os pontos marcados e os fazendeiros precisamente identificados através dos números de telefones e nomes fica mais fácil aproximar a polícia. Vamos instruir os produtores a agirem de forma preventiva também para evitar furtos e roubos ou qualquer delito na zona rural – explica o comandante do quarto BPM MG, Nei Sávio de Oliveir.

Reforçar a segurança no campo só está sendo possível com investimento dos próprios produtores rurais.  Na base do mutirão foram arrecadados 200 animais no interior do município. O dinheiro da venda será usado para comprar novas viaturas. O desafio é patrulhar 5.400 quilômetros de estradas rurais que dão acesso às propriedades. O produtor rural, Gilberto Dias fala sobre a sua necessidade

– A tendência parece que hoje a relação com a segurança é uma coisa notória. A tendência é aumentar mais e nós ficamos desguarnecidos. O produtor fica desprotegido, está a mercê do bandido e não se pode fazer nada.

Todos estão envolvidos na busca pela segurança, não importando o tamanho da propriedade. As doações acontecem de acordo com o tipo de atividade.

– Cada micro região de acordo com a característica da sua produção doa o que pode, nós temos doação, por exemplo, de milho, soja. O mais importante dessa doação é a possibilidade do produtor sentir que ele pode cobrar. Além do imposto que ele paga está doando um pouco mais, ele pode se envolver, pode cobrar mais é importante que ele cobre do poder público usando como argumento o fato de ter participado ter doado – ressalta o pecuarista e superintendente da ABCZ, João Gilberto Bento.

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Fonte:
Canal Rural

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