BC ainda não pôs todas cartas na mesa contra inflação

Publicado em 15/04/2011 08:25
O Banco Central ainda não colocou todas as cartas na mesa e não vai esperar a força da gravidade trazer a inflação para baixo, disse na quinta-feira à Reuters uma fonte familiarizada com o pensamento da entidade.

Segundo a fonte, que pediu para não ser identificada, a deterioração atual das expectativas inflacionárias também tem em sua base choques de preços de curto prazo, que o país continuou sofrendo no primeiro trimestre deste ano. Mas o BC entende que as expectativas têm seu valor e têm sido importantes.

O BC conta com preços de commodities ainda elevados por mais algum tempo.

As declarações vêm num momento em que os índices de inflação se aproximam do teto da meta fixada pelo banco para 2011, de 6,5 por cento.

Segundo a fonte ouvida pela Reuters, as medidas macroprudenciais adotadas em dezembro introduziram ruídos na comunicação com o mercado por agregar dados novos à análise e aos modelos de projeções.

Uma das ações que o BC tem adotado para amenizar este problema é a antecipação da divulgação de dados referentes ao crédito.

Mas a avaliação é de que a preocupação com a comunicação nesse assunto não impedirá a autoridade monetária de agir para garantir a estabilidade financeira, se necessário.

Por outro lado, o BC considera que seria inapropriado dar um choque mais forte no juro para trazer a inflação para o centro da meta já em 2011, porque o sacrifício em termos de crescimento seria muito elevado.

Como argumento, a fonte disse que a inflação acumulada no primeiro trimestre foi de 2,4 por cento. Para que a meta central seja alcançada, em todo o restante do ano só poderia ter um acréscimo de mais 2,1 por cento.  

e acordo com a mesma fonte, o BC agora está muito mais tranquilo sobre inadimplência do que há 3 meses. O receio de que uma desaceleração econômica elevasse muito os calotes foi uma das medidas citadas pela autoridade monetária para tomar as medidas macroprudenciais.

Mas elas também fazem parte do coquetel de medidas do BC para frear o ritmo da economia, que cresceu 7,5 por cento em 2010. Neste ano, o órgão também subiu o juro básico da economia em 1 ponto percentual.

Na semana que vem, os diretores da instituição devem adotar um aumento entre 0,25 ponto e 0,5 ponto, segundo estimativa do mercado.

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Fonte:
Reuters

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