Agrotóxico genérico visa produtos chineses
De acordo com a Associação Brasileira dos Defensivos Genéricos (Aenda), o projeto, que precisa ser aprovado pelo plenário do Senado e pela Câmara dos Deputados, reproduz o Decreto-Lei n. 4074/2002 e vem regulamentar a comercialização dos produtos pelas empresas estrangeiras que atuam no Brasil.
Nos últimos anos, segundo a Aenda, as indústrias agroquímicas passaram a oferecer no mercado nacional agrotóxicos genéricos com preços de 20% a 30% mais baixos. Mesmo assim os valores são maiores, o que faz com que a disputa com os chineses seja desigual.
A Aenda, em nota, afirmou que toda discussão que envolve os agrotóxicos genéricos não altera de forma significativa o cenário atual pois não inclui alterações no tempo para a emissão de certificação para se produzir os produtos genéricos no País. "Hoje uma empresa no Brasil precisa esperar cerca de 38 meses para receber o certificado de um produto; nos Estados Unidos o tempo se limita a cerca de três semanas, e isso reduz a nossa capacidade de concorrer com os importados chineses". A importação de agrotóxicos originárias da China passou de 2.109 toneladas em 2001 para 32.911 toneladas no ano passado.