Brasil quer elevar em 20% vendas para a China no ano

Publicado em 17/05/2011 09:06
O Brasil espera expandir em cerca de 20 por cento suas exportações para a China este ano, afirmou nesta segunda-feira o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. O país asiático é atualmente o principal parceiro comercial do Brasil e, no ano passado, absorveu 30,8 bilhões de dólares das exportações brasileiras.

"Estamos estimando que vamos expandir isso em torno de 20 por cento", afirmou Pimentel após reunir-se com o ministro ministro do Comércio da China, Chen Deming. Ele acrescentou que, no primeiro quadrimestre, o Brasil registrou um superávit de 1,6 bilhão de dólares com a China.

As exportações brasileiras para a China são concentradas fundamentalmente em commodities, com destaque para soja e minério de ferro.

Segundo Pimentel, no encontro com o ministro chinês, do qual também participou o ministro de Relações Exteriores, Antônio Patriota, o Brasil levantou a importância de os fóruns multilaterais darem início à discussão de uma mudança do padrão monetário internacional que tem hoje o dólar como principal referência.

"Não se justifica mais no século 21 nós termos o mesmo padrão criado em meados do século passado, a dizer o dólar. É mais do que necessário que se comece a discutir a ampliação de uma cesta de moedas para balisar as trocas, importações e exportações, e as trocas financeiras também no mundo inteiro", afirmou Pimentel.

Cauteloso, o ministro Chen Deming, que também participou da entrevista coletiva, ressalvou que não estava preparado para tratar de câmbio, e que a China considera que a questão é "de longo prazo".

Ao comentar prejuízos que economias como a brasileira possam ter tido com a valorização de suas moedas resultante de políticas dos Estados Unidos, Chen Deming afirmou que "aumentar as importações do Brasil já é uma das medidas para combater (os prejuízos)".

O ministro afirmou, ainda, que a China considera satisfatório o fato de o Brasil manter um superávit nas relações comerciais bilaterais, mas frisou a importância da diversificação das exportações brasileiras.

"O pré-requisito é que se tenha produtos diversificados. Tem que ser um mercado aberto, que atraia investimentos estrangeiros para desenvolver a economia", afirmou.

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Fonte:
Reuters

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