Brasil quer elevar em 20% vendas para a China no ano
"Estamos estimando que vamos expandir isso em torno de 20 por cento", afirmou Pimentel após reunir-se com o ministro ministro do Comércio da China, Chen Deming. Ele acrescentou que, no primeiro quadrimestre, o Brasil registrou um superávit de 1,6 bilhão de dólares com a China.
As exportações brasileiras para a China são concentradas fundamentalmente em commodities, com destaque para soja e minério de ferro.
Segundo Pimentel, no encontro com o ministro chinês, do qual também participou o ministro de Relações Exteriores, Antônio Patriota, o Brasil levantou a importância de os fóruns multilaterais darem início à discussão de uma mudança do padrão monetário internacional que tem hoje o dólar como principal referência.
"Não se justifica mais no século 21 nós termos o mesmo padrão criado em meados do século passado, a dizer o dólar. É mais do que necessário que se comece a discutir a ampliação de uma cesta de moedas para balisar as trocas, importações e exportações, e as trocas financeiras também no mundo inteiro", afirmou Pimentel.
Cauteloso, o ministro Chen Deming, que também participou da entrevista coletiva, ressalvou que não estava preparado para tratar de câmbio, e que a China considera que a questão é "de longo prazo".
Ao comentar prejuízos que economias como a brasileira possam ter tido com a valorização de suas moedas resultante de políticas dos Estados Unidos, Chen Deming afirmou que "aumentar as importações do Brasil já é uma das medidas para combater (os prejuízos)".
O ministro afirmou, ainda, que a China considera satisfatório o fato de o Brasil manter um superávit nas relações comerciais bilaterais, mas frisou a importância da diversificação das exportações brasileiras.
"O pré-requisito é que se tenha produtos diversificados. Tem que ser um mercado aberto, que atraia investimentos estrangeiros para desenvolver a economia", afirmou.