Embargo russo às carnes brasileiras provoca reflexos moderados sobre as ações
Das quatro companhias do segmento com papéis negociadas na BM&FBovespa, apenas as ações ordinárias de Brasil Foods e Minerva caíram - 1,71% e 1,13%, respectivamente -, sendo que o Minerva, para quem as vendas para a Rússia representaram 15% da receita bruta total em 2010, não teve nenhuma planta embargada, como logo informou ao mercado. No caso da Brasil Foods, a expectativa de julgamento da compra da Sadia pela Perdigão, que dá origem à companhia, também influenciou as oscilações observadas.
JBS e Marfrig, as duas maiores exportadoras de carne bovina do país, não amargaram quedas. Segundo o Valor Data, as ações ordinárias da JBS subiram 4,09%, e as da Marfrig registraram alta de 1,65%. Ambas buscaram se proteger de eventuais quedas divulgando comunicados nos quais informaram que manterão os embarques à Rússia a partir de unidades fora do embargo. A JBS informou que tem oito fábricas em regiões não incluídas no embargo.
Os embarques para o mercado russo representaram 8,4% das exportações totais (incluindo a partir de outros países) no primeiro trimestre de 2011; no caso da Marfrig, a fatia sobe para 10,7%.