Copom eleva Selic em 0,25 ponto, para 12,50% ao ano

Publicado em 21/07/2011 07:21 e atualizado em 21/07/2011 10:17
Em reunião nesta quarta-feira a noite (21), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou a taxa de juros básica Selic em 0,25 ponto percentual, para 12,50% ao ano, sem viés.

O aumento da taxa provocou queixas da indústria e do comércio, que se preocupam com a pressão dos juros. Para o mercado, o aperto monetário está perto do fim.

O comunicado do Banco Central diz: "Avaliando o cenário prospectivo e o balanço de riscos para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, neste momento, elevar a taxa Selic para 12,5% ao ano, sem viés."

A próxima reunião do Copom ocorrerá nos dias 30 e 31 de agosto.

BC eleva juro em 0,25 ponto, mas sugere fim do aperto

O Banco Central elevou a taxa básica de juros em 0,25 ponto nesta quarta-feira para 12,5 por cento ao ano, como esperado, mas deixou em aberto suas opções para a reunião do próximo mês.

Em comunicado bem mais sucinto que os divulgados nas reuniões recentes, o Comitê de Política Monetária (Copom) se limitou a afirmar que sua decisão, unânime, foi tomada "avaliando o cenário prospectivo e o balanço de riscos para a inflação".

Saiu do texto a menção a um ajuste por "período suficientemente prolongado" adotada nos dois últimos comunicados.

Alguns analistas interpretaram a mudança como um indicativo de que o atual ciclo de aperto pode ter se encerrado, ou sido interrompido.

"O BC abriu a porta para parar de subir os juros", afirmou o estrategista-chefe do WestLB, Roberto Padovani. "Agora, eles estão dizendo, faz sentido aumentar os juros, mas não sabemos amanhã".

Com a decisão desta quarta-feira, o BC já elevou a Selic em 1,75 ponto desde janeiro, em um esforço para conter a inflação em meio a uma economia aquecida.

O aperto de 0,25 por cento desta reunião já era dado como certo, segundo sondagem da Reuters.

A insistência na referência à adoção de um ajuste "prolongado", e o fato de o BC ter elevado suas projeções para a inflação no mês passado, vinham fazendo parte do mercado esperar um novo aperto em agosto. O comunicado desta quarta-feira, contudo, não referendou essa avaliação, e novos indicativos serão buscados na ata divulgada na próxima semana.

"O comunicado foi lacônico e cria uma dificuldade de depreender o que vai acontecer na próxima reunião", afirmou Cristiano Souza, economista do Santander Brasil. "Tirando a expressão 'suficientemente prolongado' abre possibilidade de parar por aí, mas não é certeza. Continuamos achando que Selic vai a 13 por cento até dezembro".

Dados divulgados nesta quarta-feira mostraram que o índice de inflação ao consumidor IPCA-15 desacelerou em julho mais do que o esperado, mas no acumulado em 12 meses a inflação segue acima do teto da meta de 6,5 por cento.

As expectativas do mercado para a inflação em 2012 estão em cerca de 5,20 por cento, bem acima do centro da meta, de 4,5 por cento.

Enquanto isso, a atividade doméstica segue robusta, com a taxa de desemprego em recorde de baixa e a capacidade instalada ainda em patamar que o BC disse considerar elevado.

Já no exterior, o cenário é de incerteza, em meio à crise na Europa relacionada à dívida grega e o impasse sobre a elevação do teto do endividamento dos Estados Unidos.

Com a alta desta quarta-feira, a Selic manteve-se no maior patamar desde janeiro de 2009, quando a taxa estava em 12,75 por cento. O Copom voltará a se reunir em 30 e 31 de agosto.

Economista diz que é preciso nova alta da Selic para controlar inflação

Copom elevou a taxa básica de juros para 12,5% ao ano

O Banco Central (BC) ainda terá que promover mais uma alta na taxa básica de juros (Selic) para controlar a inflação e tentar levá-la ao centro da meta, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar para 12,5% ao ano a taxa básica de juros nesta quarta, dia 20.

De acordo com a economista e pesquisadora da FGV Silvia Matos, os técnicos da fundação, observando os dados da inflação, constataram que as quedas no índice são sazonais e que ainda há riscos.

– Infelizmente, diante de uma inflação de serviços muito alta - em 12 meses, o país tem um acumulado de quase 9% no setor de serviços, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA -15) - entendemos que o Banco Central terá que puxar para cima mais um pouquinho a taxa de juros. A nossa percepção é que haverá necessidade de uma alta em agosto de mais 0,25 ponto percentual – disse Silvia.

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Fonte:
Valor + Reuters + Ag. Brasil

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