No G1: Com dólar estável, Banco Central prevê mais inflação para 2012
No mês de junho, o BC informou que com uma taxa de câmbio estável, naquel momento em torno de R$ 1,60, e com mais uma subida de juros neste mês para 12,50% ao ano, o que aconteceu na semana passada, a sua projeção de inflação para 2012 se encontrava "em torno" da meta central de 4,5%.
Na ata do Copom divulgada nesta quinta-feira, porém, a autoridade monetária mudou a previsão e avaliou que, no mesmo cenário de dólar estável, e prevendo ainda mais um aumento de juros no fim de agosto (que não constava no cenário de junho), a sua projeção de inflação para 2012 se encontra "acima da meta para 2012".
Segundo a autoridade monetária, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado como referência no sistema de metas para inflação, voltaria a ficar "em torno" da meta somente no primeiro semestre de 2013.
Sistema de metas para a inflação
Pelo sistema de metas de inflação, que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas. Para 2011 e 2012, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.
Na última semana, os economistas do mercado financeiro mantiveram sua previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2011 em 6,31%, informou o Banco Central. Para 2012, por sua vez, a previsão dos economistas dos bancos para o IPCA subiu para 5,28%. O BC já informou que busca a convergência da inflação para a meta central de 4,5% somente em 2012.
Um dia após medida do governo, dólar segue operando em alta
Um dia após o governo publicar uma Medida Provisória que permite a taxação em até 25% das operações feitas por investidores brasileiros e estrangeiros no Brasil com instrumentos financeiros chamados de derivativos financeiros, para tentar conter a alta do real, o dólar comercial subia na abertura dos negócios desta quinta-feira (28).
Perto das 9h30, a moeda americana estava cotada a R$ 1,566 na venda, valorização de 0,57%.
Na véspera, a divisa americana havia avançado 1,30%, para R$ 1,555 na compra e R$ 1,557 na venda.
Os eventos da agenda doméstica centram as atenções nesta quinta-feira. O foco está voltado à ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que mostra como o colegiado do Banco Central (BC) avalia o cenário de inflação e crescimento.
Os investidores também vão em busca de indicações sobre o rumo da política monetária. O comunicado apresentado após a reunião da semana passada não deu clara indicação sobre fim de ciclo ou novas altas na Selic, que está em 12,5% ao ano.
Antes da ata, os agentes conhecem o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de julho, que mostrou nova deflação, mas menor que a registrada em junho.
A agenda local também contempla a reunião mensal do Conselho Monetário Nacional (CMN).
Nos Estados Unidos, merecem atenção a venda de imóveis usados e a demanda semanal por seguro-desemprego.
A semana acaba com o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) americano no segundo trimestre.