Dólar sobe mais de 1%, em dia de forte aversão ao risco
A piora de humor do investidor estaria relacionada à notícia de que as autoridades reguladoras federais e estaduais nos Estados Unidos estão intensificando o monitoramento das filiais americanas de grandes bancos da Europa, diante do temor de que a crise da dívida europeia possa respingar no sistema bancário dos EUA. A informação foi passada por pessoas a par da situação ao Wall Street Journal.
O Fed Nova York, que supervisiona as operações americanas de muitos bancos europeus, realizou recentemente várias reuniões com credores para avaliar suas vulnerabilidades. O Fed, segundo as fontes ouvidas pelo WSJ, está pedindo mais informações dos bancos sobre o acesso aos recursos necessários para as operações do dia a dia nos Estados Unidos.
Por volta das 10h25, o dólar comercial subia 1,32%, cotado a R$ 1,604 na compra e a R$ 1,606 na venda. Na máxima, foi a R$ 1,607.
No mercado futuro, o contrato de setembro negociado na BM&FBovespa avançava 0,97%, a R$ 1,610.
No mercado de câmbio externo, o Dollar Index, que mede o desempenho da moeda americana ante seis divisas, registrava alta de 0,46%, aos 74,13 pontos. O euro recuava 0,62% em relação ao dólar, a US$ 1,433.
As commodities registram queda. O índice CRB operava em baixa de 1,08%, aos 330,57 pontos.
No mercado acionário, os índices futuros das bolsas de valores americanas apontam para um início de pregão no território negativo. No Brasil, o índice Bovespa tinha queda de 3,4%, aos 53.201 pontos.
Na agenda de indicadores, o número de pedidos de seguro-desemprego nos EUA aumentou para 408 mil na semana terminada em 13 de agosto, de acordo com o Departamento de Trabalho. Foram 9 mil a mais que os pedidos efetuados na semana imediatamente anterior, número revisado para cima. Economistas esperavam alta menor, para 400 mil pedidos.
Ainda nos EUA, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,5% em julho, na comparação com junho, na série com ajuste sazonal. Foi a maior alta desde março e superior às estimativas de analistas consultados pela Dow Jones, de aumento de 0,3%. Em junho na comparação com maio, o IPC americano havia recuado 0,2%.
O núcleo do índice, que exclui alimentos e energia, teve alta de 0,2% em julho, em linhas com as previsões.
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