Pânico nas bolsas pode durar mais 6 semanas, mostra padrão histórico
“Assim, dentro de aproximadamente seis semanas o pânico atual deve ter abrandado, uma vez que já dura cerca de duas semanas”, avalia Nicholas Bloom, professor-assistente de economia da Universidade de Stanford em artigo.
Bloom é autor do estudo “The impact of uncertainty shocks”, em que observa o comportamento do mercado acionário em 16 grandes momentos de incerteza, entre eles os ataques de 11 de setembro, a crise dos mísseis cubanos, as duas guerras do Golfo, o estouro da bolha da internet, a quebra da Enron e a crise financeira de 2008.
Nele, o professor observa o nível de oscilação do mercado com base no VIX, índice que mede a volatilidade das opções de ações na bolsa americana e é visto como um termômetro do medo do mercado. Na última sexta-feira, o indicador fechou aos 43 pontos, mesmo patamar atingido nos ataques terroristas de 11 de setembro, observa Bloom, mas ainda longe dos 80 pontos da crise de 2008.
“Quando há muita incerteza, o menor rumor gera oscilações bruscas no mercado. Notícias corriqueiras podem servir de justificativa para centenas de pontos de oscilação nos índices. Boas notícias fazem os mercados decolarem. Más notícias fazem as ações despencarem”, observa o professor.
No estudo, ele conclui que momentos de grandes incertezas como os que temos visto nas últimas semanas, com grande volatilidade no mercado de ações, levam a grandes recessões de curto prazo. “O atual pânico é suscetível de provocar um duplo mergulho no final de 2011”, avalia o professor.
A despeito do pessimismo com o cenário de curto prazo, Bloom é bastante otimista com o crescimento dos Estados Unidos e da Europa no longo prazo por duas razões. Primeiro, porque essa crise irá forçar reformas há muito necessárias no sistema previdenciário (principalmente na Europa) e do sistema de saúde pública (particularmente nos EUA). Segundo, porque o crescimento da China e da Índia vai continuar a impulsionar o crescimento global.
“Estou tão otimista no longo prazo que hoje (sexta-feira passada) investi a restituição do meu imposto de renda no índice S&P. Logo, aposto mesmo numa rápida recuperação!”, conta Bloom.
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