Mercados digerem comentários de Bernanke
No discurso, aguardado por investidores desde o início da semana, Bernanke deixou claro que o foco da política monetária ainda é induzir uma recuperação mais forte, embora não tenha dado detalhes sobre as medidas que o FED poderia tomar. Ele acrescentou que o FED reduziu as previsões para o crescimento econômico americano, em meio a uma recuperação "muito menos robusta".
Os mercados em Wall Street pareciam ainda digerir os comentários, operando em alta após patinarem entre os territórios positivo e negativo. O Ibovespa seguia a toada, subindo depois de recuar 1,5%. O dólar também mostrava instabilidade, apontando queda ante o real de olho no desempenho da moeda contra uma cesta de divisas .
Mais cedo, investidores já demonstraram mais cautela, após saberem que o crescimento econômico americano do segundo trimestre foi revisado para baixo. De acordo com dados do Departamento d Comércio, a alta anual do Produto Interno Bruto (PIB) no período foi de 1%, ante leitura preliminar de 1,3% e expectativa de 1,1%.
As preocupações com o ritmo da atividade global seguiam fazendo preço no mercado de DI, onde as taxas médias e longas recuavam a menos de uma semana da decisão de política monetária.
Da agenda neste sexta-feira, o Banco Central (BC) informou que o setor público brasileiro registrou superávit primário de R$ 13,789 bilhões, em julho. A economia feita para o pagamento de juros foi bem superior à registrada no mesmo mês do ano passado, de R$ 1,532 bilhão.
O saldo, contudo, foi inferior aos juros incorporados no mês passado e o País registrou um déficit nominal de R$ 5,007 bilhões. A dívida líquida pública recuou a 39,4% do PIB, em julho, ante 39,7% do PIB, em junho.