Dólar sobe, em linha com mercado externo
Por volta das 12h40, o dólar comercial avançava 0,72%, cotado a R$ 1,660 na compra e a R$ 1,662 na venda. No mercado futuro, o contrato de outubro negociado na BM&FBovespa registrava alta de 1%, a R$ 1,671.
O diretor de câmbio da Renova Corretora de Câmbio, Carlos Alberto Abdalla, explica que o mercado está criando novos “pisos” para o preço do dólar ante o real, de forma que, aos poucos, a tendência de valorização da moeda brasileira está se invertendo.
Uma evidência disso é que os investidores não residentes estão comprados no mercado futuro de dólar pela primeira vez desde o início do ano, em 114 contratos, que equivalem a US$ 5,7 milhões. Na posição comprada, o investidor ganha com a alta da moeda americana.
Apenas em janeiro deste ano, os não residentes chegaram a ficar comprados, entre os dias 6 e 11, mas o movimento foi pontual - em reação à atuação do governo no mercado de câmbio. Antes disso, esses agentes mantinham posição vendida desde junho de 2010.
Abdalla explica que um dos motivos dessa troca de posição é a atuação do governo no câmbio, que reduziu o espaço para especulação. Outra questão é que muitos investidores estrangeiros tiveram prejuízo com operações no exterior e tiveram de se desfazer de ativos para cobrir o prejuízo.
Por fim, o corte da Selic para 12% ao ano mudou o panorama no mercado.
No mercado de câmbio externo, as cotações seguem pressionadas pela notícia de que o banco central da Suíça voltou a agir contra a supervalorização de sua moeda.
O euro recuava 0,57% em relação ao dólar, a US$ 1,401, mas disparava 8,45% ante o franco suíço, a 1,202 francos. O dólar também tinha forte valorização de 8,84% na comparação com o franco suíço, a 0,856 franco.